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Mercado interno puxa o lucro da CSN

Companhia manteve dívida estável e espera resultados ainda melhores com revisão de preços nos próximos trimestres

Lucro em alta: CSN espera resultados ainda melhores com reajuste de preços e crescente demanda interna (.)

Lucro em alta: CSN espera resultados ainda melhores com reajuste de preços e crescente demanda interna (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

São Paulo - O consumo interno aquecido e a retomada dos mercados mundiais - à exceção da Europa -- beneficiaram os resultados do primeiro trimestre do ano da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). O lucro saltou 31% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo a marca de 482 milhões de reais. Apesar do crescimento, o diretor executivo de RI, Paulo Penido Pinto Marques, considerou o valor dentro do esperado. Marques participou, na manhã desta sexta-feira (7/5), de teleconferência para detalhar os resultados (clique aqui para ler a cobertura do evento).

Assim como sua rival Gerdau, que divulgou seus números um dia antes, a CSN foi beneficiada pelo mercado brasileiro. As vendas de produtos siderúrgicos no trimestre, de 1,3 milhão de toneladas, aumentaram 96% em relação ao mesmo período do ano passado. "Estamos conseguindo acompanhar a demanda na construção civil e no setor automotivo", disse Luiz Fernando Martinez, diretor comercial da CSN.

A venda de laminados planos fechou em 2,8 milhões de toneladas no trimestre. O número confirma a previsão de crescimento de mercado na ordem de 25% a 30% ao ano.

No primeiro trimestre não havia previsão de aumento de preços, mas devido aos custos das matérias-primas, a CSN aumentará os valores em 10% nos aços quente, frio e zincado no próximo trimestre. Já em maio, nas folhas metálicas, haverá um aumento no mesmo valor. Com os aumentos de preço anunciados, a companhia espera resultados melhores, já que a demanda continuará a crescer.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também melhorou: 1,3 bilhão de reais de janeiro a março, 91% superior aos 683 milhões de reais no mesmo intervalo de 2009. A relação dívida líquida/ebitda terminou em 1,56 vezes no trimestre. "O pior momento da empresa aconteceu no primeiro trimestre do ano passado, quando a margem de ebitda atingiu 28%. Hoje, a companhia se recuperou e chegou aos 41%", disse Paulo Penido Pinto Marques, diretor de RI.

Cimento

Apesar da pequena participação de 1% na receita líquida, o setor de cimento receberá investimentos da CSN. A empresa estuda a construção de mais três unidades em 2015, localizadas no Nordeste. A meta deste ano é vender 1,1 milhão de toneladas de cimento. Em abril, houve um aumento de 1,4 milhão de toneladas de capacidade de moagem no segmento de cimento, totalizando 2,8 milhões de toneladas.
 

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