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Mercado de carros de luxo ignora crise do setor

Jaguar Land Rover anunciou na quarta-feira, 29, no Salão Internacional do Automóvel, que produzirá no Brasil o utilitário esportivo Discovery Sport


	Land Rover Discovery Sport: empresa afirmou que produzirá o veículo no Brasil
 (Divulgação/Land rover)

Land Rover Discovery Sport: empresa afirmou que produzirá o veículo no Brasil (Divulgação/Land rover)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2014 às 08h57.

São Paulo - De olho no segmento de carros premium, que cresce no Brasil mesmo quando o mercado, em sua totalidade, está em queda, a Jaguar Land Rover anunciou na quarta-feira, 29, no Salão Internacional do Automóvel, que produzirá no Brasil o utilitário esportivo Discovery Sport, modelo que vai custar R$ 180 mil.

Será o primeiro veículo a sair da linha de montagem da fábrica de R$ 750 milhões que o grupo está construindo em Itatiaia (RJ), a ser inaugurada em 2016.

O utilitário que será lançado mundialmente no próximo ano chegará inicialmente ao País no primeiro semestre de 2015 importado do Reino Unido. O modelo já será vendido pelo preço da versão nacional, informou Terry Hill, presidente da Jaguar Land Rover do Brasil.

Ele acredita que o segmento premium, que hoje responde por aproximadamente 2% das vendas totais de automóveis e comerciais leves no País, terá essa fatia ampliada para 3% a 5% em 2020. "Em dez anos é possível que essa participação chegue a 10%, se igualando a de países maduros", disse o executivo.

Para Phil Popham, diretor global da Jaguar Land Rover, o mercado brasileiro como um todo tem grande potencial e deverá passar das atuais 3 milhões de unidades vendidas ao ano para 5 milhões em 2020. "O segmento premium, que cresceu significativamente nos últimos anos, continuará crescendo".

A fábrica carioca terá capacidade para 24 mil veículos ao ano e o grupo ainda estuda quais serão os próximos produtos a serem produzidos localmente. Um modelo Jaguar não está descartado, informou Hill.

O presidente da BMW do Brasil, Arturo Piñero, previu para este ano vendas de 49 mil a 50 mil veículos de luxo no País, uma alta de quase 10% ante as 45 mil unidades de 2013. O número inclui marcas de super luxo, como Ferrari e Porsche.

O grupo inaugurou este mês sua fábrica em Araquari (SC) onde está produzindo o sedã Série 3. O utilitário-esportivo X1 entrará na linha de montagem em breve.

Outra marca de luxo, a Audi, inaugura sua fábrica em São José dos Pinhais (PR), no mesmo complexo da Volkswagen no próximo ano.

O grupo anunciou que o A3 sedã, o primeiro carro a ser fabricado no País, terá motor flex fabricado pela Volkswagen em Taubaté (SP).

No início de 2016 será a vez da Mercedes-Benz abrir sua fábrica de automóveis em Iracemápolis (SP).

Ontem, no segundo dia dedicado à imprensa no Salão, foi a vez dos importados mostrarem suas novidades. A Porsche mostra modelos inéditos como o 911 Targa 4S e o híbrido 918 Spyder.

Híbridos

O presidente da Porsche do Brasil, Marcel Visconde, assim como executivos de outras marcas de luxo, informaram que modelos híbridos e elétricos só serão viáveis no País com novas regras no programa de incentivos ao carro verde.

No mês passado o governo anunciou a redução do Imposto de Importação desses modelos, mas não incluiu versões plug-in (que pode ser recarregada na tomada) e as somente elétricas.

A Jaguar traz o XE - que muitos apostam que pode ser produzido no Brasil futuramente - e a nova versão do XF. A Suzuki mostra várias versões do jipe Jimny, que está sendo fabricado no Brasil desde o ano passado e uma edição especial do Grand Vitara que tem como atrativo um sistema que elimina o estepe.

O salão abre as portas ao público do Anhembi nesta quinta-feira, 30, às 14 horas, após cerimônia de inauguração que terá a presença do ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges, representando a presidente Dilma Rousseff. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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