Criptoativos na era da globalização: mais eficiência nos pagamentos transfronteiriços, facilidade de acesso a crédito e a financiamentos – e mais inclusão financeira
EXAME Solutions
Publicado em 30 de outubro de 2023 às 11h15.
Última atualização em 30 de outubro de 2023 às 11h17.
Os criptoativos vêm rompendo barreiras e se tornando uma importante ferramenta na aceleração da globalização, transcendendo fronteiras tradicionais, gerando novas oportunidades ao comércio internacional e promovendo a inclusão financeira.
Por se tratar de ativos digitais descentralizados, eles têm o potencial de remodelar ainda mais o cenário econômico global promovendo maior segurança, principalmente por meio do blockchain, tecnologia que garante não só a integridade das transações e a segurança dos dados como também mais velocidade e liberdade financeira.
A globalização marca a crescente integração entre economias em todo o mundo, impulsionada pelos avanços tecnológicos, pela liberalização do comércio e pelas corporações multinacionais. E traz benefícios à macroeconomia e ao comércio internacional, favorecendo os saldos comerciais, as taxas de câmbio e os fluxos de capital. Um dos obstáculos a um processo mais amplo e competitivo de globalização é a mobilidade de capital entre fronteiras, tanto para atrair investimentos estrangeiros diretos (IEDs) quanto para criar novas oportunidades de desenvolvimento, crescimento econômico e estabilidade financeira.
Maior corretora de criptomoedas do mundo em volume de negócios e maior provedora de infraestrutura para o ecossistema cripto e blockchain, a Binance destaca três pontos que resumem como os criptoativos têm sido fortes aliados à globalização:
A velocidade de liquidação para pagamentos transfronteiriços varia de um a cinco dias úteis, de acordo com os horários de funcionamento das instituições financeiras, tanto da receptora como da remetente, necessitando da interação humana para verificar a legitimidade das transações.
Já para moedas digitais – que se baseiam em registros descentralizados – o dinheiro pode ser enviado e recebido em segundos, 24 horas por dia. Há, ainda, um ganho em torno da burocracia envolvida no processo. Para empreendedores e empresários de pequeno porte, pode ser demorado e custoso realizar transações internacionais, em comparação a taxas baixas em criptomoedas.
Existe uma lacuna global de financiamento para o comércio de US$ 1,7 trilhão, o que afeta fortemente as pequenas e médias empresas (PMEs), cujo acesso ao mercado financeiro tradicional é mais restrito.
Contudo, registros públicos de moedas digitais podem ser usados para compartilhar histórico de pagamentos e financeiro, a fim de subsidiar empréstimos para importação e exportação, com a aplicação de rigorosos protocolos de privacidade.
A desbancarização, termo usado para se referir a pessoas que não movimentam as contas bancárias há mais de seis meses ou que não têm conta em banco, por opção ou falta de acesso, cria obstáculos para países percebidos como de alto risco no combate a crimes financeiros (Anti-Money Laundering/Combating the Financing of Terrorism; ou AML/CFT) e que desejam participar do comércio global.
Em contrapartida, as moedas digitais têm o potencial de reduzir os custos gerais de conformidade com AML e CTF, devido ao seu perfil digital, podendo fornecer canais de pagamento alternativos e permitir que consumidores e comerciantes desses países se reconectem com compradores e vendedores internacionais.
Esses são alguns pontos que colocam as criptomoedas em posição de favorecer a globalização e o comércio internacional. Dependendo de como é gerenciada, a globalização pode aliviar ou exacerbar a desigualdade de renda.
As criptomoedas, como ativos digitais descentralizados, têm o potencial de remodelar ainda mais o cenário econômico global. Elas podem transcender as fronteiras tradicionais, oferecendo novas oportunidades para o comércio internacional e a inclusão financeira, ao mesmo tempo que oferecem alternativas aos sistemas monetários convencionais.