São Paulo - Logo depois que o Burger King anunciou a retirada de refrigerante do cardápio infantil, analistas de mercado apontam que o McDonald’s estuda incluir couve nos seus produtos. O Dunkin’ Donuts também anunciou a retirada de uma substância que pode ser perigosa do seu açúcar.
Janney Capital Markets, uma firma de analistas de Wall Street, afirmou que “uma das nossas fontes da indústria disse que o McDonald's nos Estados Unidos planeja lançar couve como um ingrediente em seus restaurantes, em um futuro não tão distante”.
O analista Mark Kalinowski sugeriu que a folha, que está ganhando popularidade nos Estados Unidos poderia ser usada nos hambúrgueres ou em smoothies.
O porta-voz da empresa nem negou e nem confirmou os boatos, mas disse que, a empresa “continua ouvindo seus consumidores e que estamos sempre procurando por ingredientes novos e diferentes que eles possam gostar”.
No entanto, um comercial da rede, divulgado em janeiro, ironiza vegetarianos, afirmando que não se consegue a suculência de seus hambúrgueres com soja e que a alface do seu famoso Big Mac nunca será couve.
No início de março, a companhia anunciou que irá gradualmente parar de comprar carne de frango que recebeu antibióticos para combater infecções humanas.
A política do McDonald's começará no centro de incubação, onde às vezes os pintinhos recebem antibióticos ainda no ovo.
Cardápio infantil
O Burger King, a segunda maior rede de hambúrgueres do mundo, retirou os refrigerantes dos menus infantis seguindo passos similares de alguns de seus principais concorrentes. A bebida será substituída por leite desnatado, suco de maçã e leite com chocolate semidesnatado.
A empresa decidiu introduzir as novas mudanças como parte de seus “esforços para oferecer aos consumidores opções que concordem
“Isto ajudará as crianças a comer melhor, porque o refrigerante é a principal fonte de calorias na dieta de muitos deles”, disse após o anúncio a diretora do grupo Center for Science in the Public Interest, Margo Wootan.
Doces
A Dunkin' Donuts irá retirar dióxido de titânio de seu açúcar confeiteiro, depois de ser pressionada por ativistas.
O grupo As You Sow argumentou que a substância não era segura para consumo humano, podendo causar danos no DNA, e que não há informações o suficiente para saber o seu efeito exato.
O dióxido de titânio é usado para fazer o açúcar parecer mais brilhante e também pode ser encontrado em protetor solar e tintas.
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1. Primazia em xeque
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1/8 (.)
São Paulo - Acostumadas a
liderarem mercados por anos, algumas grandes
empresas estão vendo sua primazia ameaçada, seja pela entrada de novos concorrentes ou por mudança de compartamento de pessoas.
Problemas na gestão, corrupção e crises internas agravam ainda mais a relação de algumas dessas companhias com os clientes.
Veja a seguir seis grandes negócios que estão com a liderança em xeque.
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2. Microsoft
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2/8 (Reprodução)
A
Microsoft já foi a maior empresa de tecnologia do mundo. Hoje, porém, ela tem de disputar
participação em sistemas, navegadores de internet e celulares com outras grandes como
Apple, Google e Facebook. Alguns fatos comprovam a batalha que ela está enfrentando. O
Windows Phone, por exemplo, perdeu ainda mais mercado recentemente, para os aparelhos Android e iOS. Os iPhones da Apple e os aparelhos Android da Google detém mais do que 96,4% do mercado mundial de smartphones, segundo uma
pesquisa da IDC. Na Ásia, a briga é ainda mais ferrenha, entre os fabricantes de smartphones Samsung Electronics Co. e a chinesa Xiaomi. Em julho, a empresa anunciou um corte de 18 mil empregos, para focar sua divisão de smartphones apenas no desenvolvimento da plataforma Windows Phone. O sistema Windows, que é usado na grande maioria dos computadores pessoais no mundo, também encontrou certa
rejeição das novas versões. Usuários estão preferindo manter as versões antigas a atualizar os computadores. O Windows 7 tem hoje mais de 55% da participação no mercado. Investidores estão preocupados de que a guinada para a computação na
nuvem não esteja compensando a queda do uso do Office. Para
tentar recuperar mercado, a empresa de tecnologia tornou o pacote Office gratuito para tablets,
tentando atrair novos usuários. O Internet Explorer é outra pedra no sapato. Após perder força no mercado por anos, a empresa anunciou em janeiro que irá recomeçar do zero. A empresa anunciou o
Project Spartan, navegador mais rápido e moderno.
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3. Sony Pictures Entertainment
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3/8 (Jonathan Alcorn/Bloomberg)
A posição da
Sony como maior estúdio de produção de filmes de entretenimento está na berlinda desde
novembro, quando hackers invadiram seu sistema de computadores, paralisaram as operações e liberaram muitas informações sigilosas. O ataque foi uma resposta ao filme A Entrevista, comédia que retrata uma conspiração para matar o líder norte-coreano, Kim Jong-um. O custo do vazamento com reparo de redes e arquivos pode ultrapassar R$100 milhões. O mais difícil, porém, será avaliar o custo da quebra de privacidade e de confiança. Dados de funcionários, salários pagos a atores e até e-mails mal humorados entre o produtor Scott Rudin e a então co-chairman da Sony Pictures, Amy Pascal, foram divulgados, gerando um mal estar entre a empresa e celebridades citadas.
Amy Pascal acabou pedindo demissão no início de fevereiro, indo para outra divisão da empresa. Segundo
analistas, a confiabilidade e a reputação da empresa estão em risco, valores que são muito importantes em Hollywood.
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4. McDonalds
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4/8 (Reprodução)
Crise de batatas fritas, alimentos estragados, queda nos lucros, perda de consumidores e novos concorrentes. Os últimos meses
não foram fáceis para a o
McDonald’s. Consumidores
mais jovens estão deixando a rede por opções mais saudáveis e ambientes mais agradáveis para um encontro com amigos, como a Chipotle e redes mais novas, como a Shake Shack. Em uma pesquisa recente nos EUA, o YouGov BrandIndex listou as cadeias de restaurantes que eles mais gostam e o Mc Donald’s só aparece na 15ª posição. Um escândalo envolvendo o fornecimento de carne da China abalou as vendas no continente asiático. Além disso, no início do ano a greve portuária na costa oeste dos Estados Unidos deixou vários países, como
Venezuela e Japão,
sem batatas fritas. No Brasil, um grupo de entidades sindicais protocolou na Justiça do Trabalho, em Brasília, uma ação civil pública contra a rede por violação de direitos trabalhistas. Os sindicalistas acusam a Arcos Dorados, maior franqueadora na América Latina, de desrespeitar a legislação trabalhista. Para responder a esses desafios, o McDonald’s
nomeou um novo presidente e diretor executivo, Steve Easterbrook. Sua missão é melhorar as vendas e lucros da empresa, que em 2014 caíram pela primeira vez em 12 anos.
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5. Mattel
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5/8 (Richard Newton/Creative Commons)
Os dias da Barbie como a rainha dos brinquedos
estão contados. A boneca vem perdendo mercado rapidamente. O que é um grande problema, já que ela é a maior marca da
Mattel, com vendas anuais estimadas em mais de US$ 1 bilhão – cerca de 15% do total da receita da empresa. Pela primeira vez, em mais de uma década, a Barbie, da Mattel,
deixou de ser a boneca mais desejada pelas crianças nos Estados Unidos. O posto agora pertence aos bonecos dos personagens do "Frozen: uma aventura congelante", da Disney, especialmente à princesa Elsa. Barbie perdeu espaço até para algumas marcas da própria Mattel e de concorrentes, como a linha Lego Friends, destinada às meninas. Vista como uma fabricante de brinquedos para meninas, a Mattel perde espaço para a concorrência, como a Hasbro Inc. Para
tentar reerguer as vendas, a Mattel Inc. substituiu o CEO e presidente do conselho Bryan Stockton, em janeiro. A Mattel nomeou o ex-executivo da PepsiCo Christopher Sinclair como presidente do Conselho e presidente-executivo interino.
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6. Tesco
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6/8 (Luke MacGregor/Reuters)
A maior companhia supermercadista britânica, a
Tesco, está sendo
investigada, o que deu origem a maior crise em seus 95 anos. Executivos da companhia estão sendo interrogados por inflar os lucros de janeiro a junho em 250 milhões de libras, ou 319 milhões de euros. A empresa revisou os resultados do período de 1,4 bilhão para 1,1 bilhão de euros, depois que a diferença foi descoberta. Em outubro do ano passado, Warren Buffett, o bilionário presidente do conglomerado de investimentos Berkshire Hathaway,
cortou a participação de sua companhia na conturbada varejista britânica para menos de 3%.
Como resposta à crise, a varejista planeja cortar centenas de milhares de libras em custos e vender ativos para permitir preços mais baixos. Além disso, não pagará mais dividendos e vai avaliar se seguirá ou não com seu
esquema de benefícios de aposentadoria para todos os funcionários.
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7. Petrobras
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7/8 (Yasuyoshi Chiba/AFP)
A
Petrobras hoje sofre uma crise de credibilidade que a faz perder valor de mercado a cada novo fato divulgado. Deflagrada em março de 2014, a Operação Lava Jato investiga um esquema de corrupção dentro da Petrobras, em que uma possível lavagem de dinheiro e contratos irregulares por meio de licitações beneficiaria partidos políticos. Até agora, 23 empreiteiras
foram indiciadas por envolvimento na operação e outras 82 empresas estão sendo investigadas. A
CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras deve esquentar o clima de acusações. A comissão foi criada para analisar denúncias de corrupção na empresa de 2005 a 2015, incluindo a compra da refinaria de
Pasadena, nos EUA. A ex-presidente da petroleira, Graça Foster,
renunciou no início de janeiro deste ano, dias depois da divulgação atrasada do balanço não auditado do terceiro trimestre.
Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil, assumiu o cargo.
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8. Confira também
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8/8 (Getty Images)