André Esteves na abertura do M&M 2021 (Leandro Fonseca/Exame)
Guilherme Guilherme
Publicado em 20 de outubro de 2021 às 21h49.
Última atualização em 21 de outubro de 2021 às 10h32.
Melhores e Maiores chegou à sua 48ª edição de forma repaginada. Pela primeira vez em parceria com o Ibmec, a principal premiação empresarial do país recebeu uma nova metodologia para avaliar mais de 600 companhias listadas na bolsa ou com informações públicas. Para este ano, além do crescimento e resultado financeiro das empresas, foram analisadas práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança).
O evento também ganhou duas novas categorias, de Startup do Ano e Empreendedor Social do Ano, vencidas por Petlove e Alcione Albanesi, da ONG Amigos do Bem, respectivamente. Já o principal prêmio da noite, de Empresa do Ano, ficou com a Gerdau. Entre os fatores que a levaram a tal reconhecimento estiveram o resultado do segundo trimestre, o melhor em seus 120 anos de história, e os investimentos feitos pela Gerdau Next, braço de novos negócios da empresa.
Realizado nesta quarta-feira, 20, o 48º Melhores e Maiores ocorreu de forma híbrida, com premiação presencial e transmissão 100% online. Além dos executivos das empresas vencedoras, participaram do evento o ministro da Economia e ex-colunista da Exame, Paulo Guedes, e André Esteves, sócio sênior do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame).
Em discurso de abertura do evento, Esteves reforçou a importância das empresas premiadas na transformação do país. “Vocês criam riqueza a partir do trabalho e criam aquilo que mais dignifica a sociedade, que é o emprego.” Ainda houve elogios à atuação do ministro Guedes, antigo colega dos tempos de Pactual. Entre os pontos levantados, estiveram a reforma previdenciária, privatizações e a independência do Banco Central, “um sonho de muitos anos, que cria mais um tijolo na institucionalidade brasileira”.
O BC também fez parte do discurso de Guedes, que ressaltou sua importância para o controle da inflação. “Com as regras fiscais de um lado e o Banco Central independente de outro, sabemos que a inflação será controlada. Esperamos que no ano que vem ela retorne para 4% ou 5%, talvez um pouco acima da meta, mas já bem próxima da banda superior da meta”, disse o ministro.
Guedes ainda falou sobre os planos do governo para o programa Auxílio Brasil, que deve substituir o atual Bolsa Família. Segundo o ministro, o aumento dos gastos do programa social deve ter data de encerramento, já que não há receita permanente para bancar os novos gastos.
“Tem que ser transitório. A posição da Economia já foi dada. Com a PEC dos Precatórios e a reforma do Imposto de Renda, daria para um Bolsa Família permanente de um certo nível”, afirmou. “O presidente [Jair Bolsonaro], preocupado com fatores transitórios [da inflação], resolveu lançar uma camada de proteção de 400 reais para as famílias mais vulneráveis. A forma de fazer isso é política. A Economia já deu sua posição.”