Estudo feito pela consultoria McKinsey, em 2022, aponta que o Brasil tem grande potencial para a geração de energia solar e eólica (Envato)
Jornalista colaborador
Publicado em 30 de agosto de 2024 às 11h06.
Última atualização em 6 de setembro de 2024 às 13h50.
Com R$ 1,61 trilhões de receita líquida total registrada no ano passado, o setor de energia permanece como grande destaque setorial no ranking Exame Melhores e Maiores 2024. Além da maior receita somada entre todas as modalidades avaliadas, o segmento conta com o maior número de representantes incluídos no ranking geral – 113 empresas classificadas – e integra a lista dos cinco setores com maior crescimento do lucro líquido no ano passado, em relação ao ano anterior: 16,9%, entre 2022 e 2023.
Em cifras, a margem líquida das companhias de energia registrada no ano passado – R$ 101,1 bilhões – também foi muito positiva e perde apenas para as margens líquidas registradas pelos bancos e companhias de petróleo e químico: R$ 138,76 bilhões e R$ 138,97 bilhões, respectivamente. Embora ostente cifras numericamente superiores, o desempenho do lucro líquido dos bancos foi bem mais tímido do que o registrado no setor de energia. As instituições bancárias registraram encolhimento de 2,19% nas margens líquidas, entre 2022 e 2023.
O setor energético no Brasil é beneficiado pelas características naturais e que favorecem a adoção de energias renováveis. Com abundância de recursos hídricos, luz solar e ventos, as energias limpas respondem por mais de 80% da energia produzida no país. Para efeitos de comparação, a média mundial de utilização de fontes sustentáveis em outros países é de 30%.
Nos últimos anos, as fontes solares e eólicas têm ganhado destaque cada vez maior. Em relação à solar, por exemplo, a potência atual instalada de geração fotovoltaica no país é de 41 gigawatts (GW) – 17,4% de toda a matriz energética brasileira. A marca equivale a quase três vezes a capacidade de produção da usina de Itaipu, cuja potência é de 14 GW.
Estudo feito pela consultoria McKinsey, em 2022, aponta que o Brasil tem grande potencial para a geração de energia solar e eólica. Segundo o levantamento, essas fontes, combinadas, devem responder pela maior parte da energia produzida no país até 2040, atingindo 47% da matriz energética brasileira.
Com metodologia desenvolvida pela EXAME, em parceria com o Ibmec, a 51ª edição de Melhores e Maiores leva em conta não somente os indicadores financeiros e contábeis das empresas, como também a diversidade na gestão, boas práticas ambientais e de governança. Foi avaliado um total de 1.287 companhias, das quais 1.000, de 22 setores, estão classificadas no ranking, que será divulgado no dia 17 de setembro.