Empreendedorismo: pequenos empreendedores se deparam com diversos desafios e burocracias que nem sempre sabem como lidar (Imagem/Shutterstock)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2022 às 17h22.
Este é um conteúdo produzido e apresentado por Empiricus.
Questões burocráticas de formalização da empresa; aquisição e fidelização de clientes; aumento do faturamento; construção de marca… se você é MEI (microempreendedor individual) ou está começando seu primeiro negócio do zero, deve se deparar com uma série de desafios que nenhuma faculdade ensina a lidar.
E, se você está começando de forma independente ou com uma equipe reduzida, é bem provável que você tenha que lidar com tudo sozinho.
Naturalmente, nesse processo de construção da sua empresa, você irá cometer muitos erros e se deparar com vários entraves. Quem sabe muito bem disso é Natalia Martins, conhecida popularmente como Natalia Beauty, empreendedora do ramo da beleza que começou trabalhando como esteticista em uma salinha de 30 m² e hoje é dona de um grupo de empresas que fatura R$ 20 milhões por ano.
Pensando em ajudar quem está dando seus primeiros passos no mundo do empreendedorismo, Martins separou 3 dicas que a ajudaram a impulsionar seu negócio de forma exponencial:
Pode parecer natural para um empreendedor de primeira viagem querer reduzir o máximo possível o custo com funcionários, contratando pessoas com salários mais baixos e evitando um grande investimento em recursos humanos.
Mas aí é que está o primeiro erro que pode ser “fatal” para os empreendedores, estejam eles no começo da carreira ou mais avançados.
Um único colaborador motivado vale mais para o seu negócio do que três funcionários que estão lá só para receber o salário no fim do mês. E isso é atestado com dados: uma pesquisa da especialista global em carreiras Right Management revelou que profissionais motivados são 50% mais produtivos.
“Em vez de economizar, você precisa de treinamentos, processos internos e investimento pesado para ter uma equipe de alta performance”, comenta Natalia Martins.
Esse foi um dos princípios que a empresária usou para fazer com que suas empresas alcançassem dimensão nacional e internacional. Investir em bons colaboradores permitiu que o negócio escalasse exponencialmente.
No começo de tudo, Natalia era completamente dependente do seu tempo e de sua própria mão de obra. Mesmo que trabalhasse 16 horas por dia, ela ainda estaria “limitada” a um determinado número de clientes – geralmente, dez por dia, em dias bons.
Mas, ao contratar bons profissionais e treiná-los, ela conseguiu aumentar sua operação, atendendo um número muito maior de pessoas diariamente. Consequentemente, seu faturamento também cresceu. Isso tudo sem perder a qualidade do serviço, pela qual ficou conhecida.
Atualmente, seu grupo de empresas está presente em todo o Brasil e também fora do país. Com certeza, se ela continuasse trabalhando sozinha ou sem bons colaboradores ao seu lado, ela não teria conseguido essa projeção tão grande.
Uma segunda dica “de ouro” pode parecer também contraintuitiva. E é justamente por isso que os empresários que a aplicam adquirem um diferencial competitivo.
O seu primeiro foco não deve ser na estrutura do seu negócio, e sim na operação.
“Toda boa empresa, ainda mais no começo, precisa ser enxuta. Isso mantém a empresa ágil e não acumula custos fixos desnecessários”, comenta a empresária.
No começo da sua empresa, provar a qualidade dos seus serviços e produtos é muito mais importante do que ter um escritório todo decorado. Construir uma carteira de clientes e fidelizá-los é bem mais essencial para a continuidade do negócio do que oferecer “extras” e presentes.
Atualmente, Natalia Martins tem a sede principal da sua empresa em um reconhecido casarão na avenida Rebouças, em uma região nobre de São Paulo. Todos os seus clientes, ao chegarem na clínica para seu horário marcado, são recebidos com um capuccino de Nutella e um pijama personalizado da marca, para se sentirem mais confortáveis.
A empresária só consegue oferecer esses “mimos” hoje em dia porque, lá no começo, focou em otimizar sua operação. Agora ela já pode investir mais na estrutura, porque tem um negócio consolidado e sólido.
Talvez, se tivesse começado a oferecer cappuccinos e pijamas personalizados quando atendia em uma salinha de 30 m², ela não estaria hoje com um grupo de empresas com atuação nacional e internacional.
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A terceira e última dica é: mantenha o foco e pare de achar que tem que expandir para outros nichos para ganhar dinheiro.
Ao invés de focar nos produtos e serviços que o diferenciam do resto, muitos empreendedores vão em busca de expandir mais e mais para diversos nichos, com a expectativa de que irão aumentar seu faturamento dessa maneira.
Só que o que acontece é o seguinte: você se torna “mais um” na multidão, oferecendo produtos e serviços comuns, ao invés de se tornar uma referência em um determinado ramo, reconhecido pela qualidade e excelência.
“Você tem muito mais chances se você se aprofundar no que faz bem, a ponto de proporcionar ao seu cliente uma experiência incrível, do que se for buscar um público maior e aí oferecer um produto ou serviço mediano”, comenta Natalia Martins.
A empresária fala por experiência própria: desde o início, seu core business foi procedimentos nas sobrancelhas, em especial a chamada micropigmentação, uma espécie de “tatuagem” para corrigir falhas. A partir disso, Martins foi explorando mais ramificações dentro do seu próprio nicho, oferecendo cursos e produtos para as sobrancelhas, por exemplo.
Foi só depois de ter se consolidado como uma referência em sobrancelhas que ela diversificou sua oferta de procedimentos para incluir lábios e cílios.
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Como forma de ajudar pequenos empreendedores, MEIs e demais profissionais autônomos, a empresária Natalia Martins resolveu criar um “grupo VIP” totalmente gratuito para compartilhar suas principais dicas, que a levaram de uma dívida de R$ 90 mil a um faturamento anual de R$ 20 milhões e expansão internacional.
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