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Medidas são suficientes para cumprir obrigações, diz BTG

BTG diz que as medidas implementadas desde a prisão de Esteves já provocaram efeitos positivos sobre os índices de liquidez do banco


	Persio Arida, do BTG Pactual: o banco diz que as medidas implementadas desde a prisão de Esteves já provocaram efeitos positivos sobre os índices de liquidez do banco
 (Nelson Ching/Bloomberg)

Persio Arida, do BTG Pactual: o banco diz que as medidas implementadas desde a prisão de Esteves já provocaram efeitos positivos sobre os índices de liquidez do banco (Nelson Ching/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2016 às 11h11.

São Paulo - O BTG Pactual afirmou que as medidas implementadas desde a prisão de seu ex-controlador André Esteves, no dia 25 de novembro do ano passado, são suficientes para garantir recursos financeiros para o cumprimento de suas obrigações de curto e médio prazos.

A instituição financeira frisa que essa premissa leva em conta um "cenário de estresse em que o Banco não teria acesso a novos financiamentos ou a capacidade de renovar os seus atuais instrumentos de financiamento nos meses conseguintes".

Em fato relevante divulgado no início da manhã desta terça-feira, 19, em que informou sobre seus dados financeiros referentes ao quarto trimestre do ano passado, em um balanço não auditado, o BTG diz ainda que tais medidas já provocaram efeitos positivos sobre os índices de liquidez do banco, assim como o capital regulatório.

"Esperamos novas melhorias significativas no curto e médio prazos, levando em conta as medidas adicionais previstas, que incluem a venda continuada de ativos e de participações em investimentos", destaca a instituição financeira no documento citado.

Ainda entre as quatro páginas de seu balanço em que dedica aos "eventos relevantes", na sequência da prisão de Esteves, o banco frisa que a estratégia será continuar focando no fortalecimento de seu nível de liquidez, "principalmente através da venda continuada de ativos e de participações em investimentos que não se encaixem em nossas principais atividades".

Além da lista de ativos vendidos nesse intervalo, como a participação na Rede D'Or, a alienação de 21,7% na BR Properties e a venda de sua fatia na empresa de recuperação de crédito Recovery, o BTG destaca o recebimento de ofertas indicativas e não vinculativas de terceiros para a venda da BSI, cuja negociação já foi autorizada pelo Conselho de Administração.

O banco também informa ter iniciado negociações exclusivas para a venda da participação na Pan Seguros e na Pan Corretora, mas lembra que para ambas negociações não é possível afirmar que um acordo será firmado.

O banco afirma que a venda de ativos e participações em investimentos já soma cerca de R$ 4 bilhões.

Além disso, o BTG destaca que houve a venda de portfólio de crédito, especialmente debêntures que são consideradas ilíquidas, com pré-pagamentos no valor total de aproximadamente R$ 10 bilhões, "cujos recursos já integram o disponível".

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