Negócios

Média financeira das pequenas e médias empresas recua em outubro, mostra IODE-PMEs

IODE-PMEs indica que a média financeira das PMEs brasileiras recuou 3,9% na comparação com setembro e 1,7% em relação ao mês de outubro do ano passado

IODE-PMEs indica primeiro resultado negativo do ano (atomicstudio/Getty Images)

IODE-PMEs indica primeiro resultado negativo do ano (atomicstudio/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 30 de novembro de 2022 às 04h30.

Última atualização em 30 de novembro de 2022 às 04h31.

O Índice Omie de Desempenho Econômico das Pequenas e Médias Empresas (IODE-PMEs) aponta que a movimentação financeira das PMEs brasileiras iniciou o quarto trimestre de 2022 em menor proporção na comparação anual – primeiro resultado negativo do ano. Apesar da desaceleração vista no decorrer do terceiro trimestre, o IODE-PMEs ainda havia permanecido em níveis superiores aos observados no mesmo período do ano anterior.

Em outubro, o IODE-PMEs indica que a média financeira das PMEs brasileiras recuou 1,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já na comparação  com setembro de 2022, o índice aponta uma diminuição de 3,9%. Mesmo com o resultado negativo no último mês, o acumulado do ano traz um crescimento de 2,6% em relação ao mesmo período de 2021.

“Apesar da queda da inflação e da melhora no mercado de trabalho, a taxa de juros (SELIC) e o endividamento das famílias prejudicam a evolução das PMEs. De fato, a confiança dos consumidores – medida pelo ICC-FGV – recuou 0,4 ponto em outubro, após quatro meses de altas consecutivas, reflexo da piora das expectativas dos agentes para os próximos meses”, diz Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem.

Assine a EMPREENDA e receba, gratuitamente, uma série de conteúdos que vão te ajudar a impulsionar o seu negócio.

Setores

O resultado negativo do mercado em outubro foi puxado, especialmente, pelo fraco desempenho dos setores Comércio e Serviços – segmentos com o maior volume de empresas da economia brasileira.

No Comércio, a movimentação financeira real do setor recuou 8,9% em outubro na comparação anual, com quedas verificadas tanto no atacado quanto no varejo. Mesmo com resultados negativos, alguns segmentos varejistas mantiveram crescimento, como:

  • tecidos e vestuário
  • eletrodomésticos
  • equipamentos de áudio e vídeo
  • móveis

O índice aponta que ainda é cedo para assumir se a queda no último mês se configura como tendência para o setor do Comércio.

“O resultado no mês chama a atenção já que o Comércio vinha se destacando positivamente no mercado de PMEs nos últimos meses”, diz Beraldi.

A movimentação financeira das pequenas e médias empresas em Serviços apresentou recuo de 1,1% frente a outubro de 2021. Nesse setor, o IODE-PMEs já mostra quedas consecutivas desde junho. Dentre as atividades, os fracos resultados estão concentrados em saúde humana e serviços sociais e transporte, armazenagem e correio. Também se observa fraco desempenho em educação.

Na contramão do resultado geral, há áreas que apresentaram crescimento. A movimentação da Indústria avançou 8,9% na comparação anual em outubro, com destaque para os segmentos moveleiro, de máquinas e equipamentos. As PMEs de Infraestrutura também cresceram +1,4% na comparação anual.

Evolução do Pix: startup Noh, de finanças compartilhadas, lança pagamento "inverso"; entenda

19 franquias baratas para investir seu 13º salário em 2022

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraPequenas empresas

Mais de Negócios

Dois tipos de talento em IA que toda empresa precisa, segundo executivo do Google

Marcas chinesas de beleza investem em aquisições para expandir presença global

Estudantes brasileiros devem olhar além do 'sonho americano' — este grupo apresenta uma alternativa

Toyota cria 'cidade do futuro' no Japão para testar mobilidade e sustentabilidade