Redator na Exame
Publicado em 29 de julho de 2024 às 10h55.
O McDonald's registrou uma queda nas vendas no segundo trimestre de 2024, a primeira desde 2020, ficando abaixo das expectativas dos analistas para um crescimento modesto. As vendas comparáveis da rede, que acompanham os restaurantes abertos hão mais de um ano, caíram 1% em relação ao ano anterior. Cada segmento geográfico do McDonald's viu declínios nas vendas, com a tendência nos EUA sendo parcialmente impulsionada pela queda no tráfego de clientes.
De acordo com a Bloomberg, as ações da empresa permaneceram praticamente inalteradas nas negociações iniciais em Nova York. Até o fechamento de sexta-feira, as ações do McDonald's caíram 15% este ano, em comparação com um ganho de 14% para o índice S&P 500 durante o mesmo período.
O crescimento das vendas do McDonald's desacelerou este ano, à medida que os consumidores em todo o mundo reduziram o consumo de Big Macs, pressionados por anos de aumentos de preços e orçamentos domésticos apertados. No final do último trimestre, a rede de fast-food lançou um combo de refeição de US$ 5 nos EUA para convencer os clientes de que ainda é uma opção acessível. Os primeiros resultados sugerem que a promoção está atraindo clientes, embora qualquer aumento nas vendas só se torne aparente mais tarde neste ano. A empresa também introduziu itens de menu de edição limitada na tentativa de atrair clientes, como o bacon cajun McCrispy e o "grandma" McFlurry.
Chris Kempczinski, CEO da empresa, afirmou que a rede permanecerá focada em "valor diário confiável", à medida que os consumidores se tornam mais criteriosos com seus gastos. Outras prioridades estratégicas incluem a linha de frango da rede e seu programa de fidelidade.
Fora dos EUA, boicotes relacionados à guerra entre Israel e Hamas continuam a impactar as vendas no segmento que inclui o Oriente Médio. A empresa já havia alertado que a queda nas vendas continuaria até que o conflito fosse resolvido. O McDonald's também relatou declínios nas vendas nas mesmas lojas na China e na França.
As vendas em todo o sistema, uma métrica que inclui negócios em novos restaurantes, também diminuíram, sugerindo que as inaugurações não estão compensando a fraqueza nas unidades existentes. A cadeia de hambúrgueres está no meio de um plano de expansão ambicioso, com o objetivo de ter 50.000 locais em todo o mundo até 2027, um aumento em relação aos cerca de 42.000 no início deste ano.
Os lucros, excluindo alguns itens, foram de US$ 2,97 (R$ 16,7) por ação no primeiro trimestre, abaixo da estimativa média dos analistas. A empresa também manteve sua orientação para novas inaugurações de lojas e margem operacional.