(McDonald's/Divulgação)
Redatora
Publicado em 11 de julho de 2025 às 12h11.
Em 1954, o vendedor de máquinas de milk-shake Ray Kroc buscava um grande acerto na carreira. O ponto de virada aconteceu quando um restaurante da Califórnia encomendou seis unidades das máquinas de uma vez só. Ele, então, decidiu visitar o local.
Era um pequeno estabelecimento dos irmãos Richard e Maurice McDonald, que operavam com um sistema simples, padronizado e rápido de preparo. Kroc enxergou uma oportunidade de expandir aquele negócio.
No ano seguinte, fundou a McDonald’s Corporation e passou a abrir franquias usando o nome e o método criado pelos irmãos. Em 1961, comprou os direitos totais da marca por US$ 2,7 milhões.
O que começou como uma aposta virou um fenômeno. Ele transformou o McDonald’s em uma operação internacional com bilhões em receita, presença global e um modelo que revolucionou a indústria alimentícia.
Mas o sucesso não veio apenas da cozinha. Foi o modelo financeiro que sustentou tudo.
Ray Kroc sabia que expandir com capital próprio seria impossível. Por isso, criou um sistema de franquias em que os franqueados bancavam o investimento, operavam as unidades e repassavam uma porcentagem das vendas à empresa.
9. Ray Kroc (Divulgação)
O McDonald’s mantinha o controle da marca e do padrão de qualidade, mas transferia os custos e os riscos.
Ele entendeu que havia outro ativo importante: o imóvel onde os restaurantes eram construídos. Foi assim que ele decidiu criar outra empresa. Dessa vez, para adquirir terrenos, cobrar aluguel dos franqueados e gerar uma nova fonte de receita (mais previsível e com margem de lucro mais alta).
Cada unidade aberta era uma nova linha de receita para a corporação. E cada expansão era sustentada por um fluxo de caixa pensado desde o primeiro dia.
O sucesso de Ray Kroc veio de fundamentos simples: controle de custos, padronização, geração de receita recorrente e reinvestimento estratégico. Ele não acelerou o crescimento com pressa, mas criou estrutura para sustentá-lo ao longo do tempo.
Kroc entendeu como criar valor e capturá-lo com inteligência. Ele usou finanças corporativas de forma intuitiva para transformar uma boa ideia em um negócio global e provou que entender de números é tão importante quanto ter visão de negócio.
Ray é a prova que não é necessário milhões para começar. Mas precisa saber onde está o valor do que está construindo e como as decisões financeiras certas tornam esse valor sustentável.
Dominar os fundamentos da saúde financeira deixou de ser tarefa exclusiva de contadores ou CFOs. Empreendedores de qualquer porte e setor precisam ter controle total sobre os números do negócio — e isso exige desenvolver hábitos como os apresentados.
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