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Mazda e Mitsubishi veem lucros anuais recordes, fazem alerta

Montadoras são impulsionadas por um iene mais fraco depois de anos na corda bamba

Mitsubishi: área de preocupação para ambas as companhias é a Tailândia, um centro de exportação para montadoras japonesas (Tomohiro Oshumi/Bloomberg)

Mitsubishi: área de preocupação para ambas as companhias é a Tailândia, um centro de exportação para montadoras japonesas (Tomohiro Oshumi/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 08h11.

Tóquio - As montadoras japonesas Mazda e Mitsubishi estão esperando um nível recorde de lucros, impulsionadas por um iene mais fraco depois de anos na corda bamba, mas ambas alertaram para uma desaceleração na Tailândia.

A Mazda elevou nesta quarta-feira sua projeção de lucro operacional anual em 12,5 por cento, para 180 bilhões de ienes (1,8 bilhão de dólares), em linha com expectativas e mais alto que o recorde de 162,1 bilhões de ienes registrado quatro anos atrás, antes do desencadeamento da crise do Lehman Brothers.

"Estamos vendo um progresso firme das reformas estruturais sobre as quais estivemos trabalhando nos últimos anos", disse o presidente-executivo da Mazda, Masamichi Kogai, em coletiva.

A montadora espera que sua margem de lucro operacional anual alcance 6,7 por cento neste ano fiscal, ante os 2,4 por cento do ano fiscal anterior.

A Mitsubishi Motors também informou nesta quarta-feira que seu lucro operacional para os nove meses de abril a dezembro atingiu um recorde de 96,3 bilhões de ienes. Ela manteve sua previsão de um lucro operacional recorde de 120 bilhões de ienes para o ano encerrado em março.

Uma área de preocupação para ambas as companhias é a Tailândia, um centro de exportação para montadoras japonesas. A Mazda opera uma joint venture com a Ford na Tailândia, onde fabrica carros como o Mazda3 e está construindo uma nova fábrica de transmissão. A Mitsubishi opera três fábricas de veículos na Tailândia, onde fabrica cerca de um terço de sua produção global.

A Mazda cortou sua projeção de vendas mundiais para o ano até março em 0,7 por cento para 1,325 milhão de veículos, citando problemas no país.

"Acreditamos que estamos começando a ver o impacto da atual instabilidade política (na Tailândia). Acreditamos que isso pode durar até meados deste ano", disse Kogai.

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