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Mas já? Musk perde título de "mais rico do mundo" para Bezos

CEO da Tesla teve perdas de mais de R$ 4 bilhões com queda de ações; Musk permaneceu na liderança por pouco mais de um mês

CEO da SpaceX ocupou a liderança por pouco mais de um mês (NurPhoto/Getty Images)

CEO da SpaceX ocupou a liderança por pouco mais de um mês (NurPhoto/Getty Images)

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Karina Souza

Publicado em 17 de fevereiro de 2021 às 18h01.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2021 às 18h09.

Pouco mais de um mês após ter ultrapassado Jeff Bezos como o homem mais rico do mundo, Elon Musk perdeu o posto de "número um" para o fundador da Amazon. Nesta quarta-feira, as ações da Tesla caíram 2,4% na bolsa de valores Nasdaq-- e, apesar do percentual parecer irrisório, custou US$ 4,6 bilhões da fortuna de seu CEO, segundo a Bloomberg.

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Com isso, a fortuna de Musk passa a ser de aproximadamente US$ 180 bilhões, enquanto o campeão, Jeff Bezos, reassume a liderança com US$ 191,2 bilhões. Antes de ser ultrapassado pelo fundador da SpaceX, o ex-CEO da Amazon havia ocupado o primeiro lugar por aproximadamente três anos (2017 a 2020), graças ao bom desempenho da companhia.

Mesmo em segundo lugar no ranking, Musk tem uma trajetória notável. No início de 2020, o patrimônio do CEO da Tesla era de pouco mais de US$ 31 bilhões, segundo a Bloomberg. Grande parte desse sucesso está atrelado à montadora, que vendeu mais de 499 mil veículos elétricos no ano passado. Além disso, o executivo tem se destacado por provocar movimentos intensos no mercado financeiro, especialmente no caso recente do short-squeeze da GameStop.

Ou seja, a retomada do título por Bezos não significa o fim da disputa entre ambos. O jogo pode virar a partir da valorização da SpaceX, por exemplo: vale lembrar que a companhia fechou uma rodada de financiamento de US$ 850 milhões na semana passada.

Enquanto isso, Bezos retoma o título em um período conturbado, em que deixa de ser CEO da Amazon, passando o cargo para Andy Jassy (que, até então, ocupava o cargo de diretor-executivo na AWS). Em sua carta de saída, Bezos afirmou que permanece como presidente do conselho da companhia e que, agora, deve se dedicar a outras de suas paixões, como a empresa de exploração espacial Blue Origin e o The Washington Post.

Experiência para fazê-las crescer, o executivo tem de sobra. Transformar a Amazon de uma empresa que vendia livros para uma companhia avaliada em mais de US$ 1,6 trilhão continua sendo um feito para poucos. Resta saber qual será o próximo sucesso, daqui para frente.

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