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Marfrig vai concluir integração de plantas da Brasil Foods em agosto

De olho no mercado interno, empresa contará com a incorporação de novas marcas para reverter prejuízo do ano passado

Marfrig: integração de plantas da Brasil Foods deverá ser concluída em agosto deste ano (Claudio Rossi/EXAME.com)

Marfrig: integração de plantas da Brasil Foods deverá ser concluída em agosto deste ano (Claudio Rossi/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 12h17.

São Paulo - A Marfrig espera concluir a integração dos ativos adquiridos da Brasil Foods até agosto deste ano. No total, serão oito fábricas de alimentos processados, oito centros de distribuição, além do arrendamento de uma planta de suínos e a incorporação de marcas como Doriana, Rezende, Wilson e Tekitos.


"Será um desafio importante, mas já estamos nos preparando para essa absorção", afirmou Ricardo Florence, vice-presidente de finanças da empresa, em conferência com analistas nesta segunda-feira. O processo envolverá a manutenção do estoque já existente nas plataformas que eram da Brasil Foods.

Pelo acordo, a Marfrig cederá à BRF a totalidade de sua participação acionária na argentina Quickfood, equivalente a 90,05% da empresa. Também desembolsará um total de 350 milhões de reais, sendo 100 milhões quitados entre junho e outubro deste ano e o restante parcelado em 72 meses.

A troca de ativos foi imposta pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para que a fusão entre Sadia e Perdigão enfim recebesse sinal verde. Anunciada em 2009, a operação deu origem à Brasil Foods, maior produtora de alimentos processados no país.

Resultados e expectativas

Impactada pela variação cambial, a Marfrig registrou prejuízo de 746 milhões de reais em 2011 ante lucro de 146,1 milhões no ano anterior. Agora, a expectativa é reverter o resultado negativo na esteira do aumento do apetite dos brasileiros por produtos industrializados.

No ano passado, o mercado interno foi responsável por 65% da receita operacional líquida da companhia, avaliada em 21,8 bilhões de reais. "A tendência de crescimento no Brasil deverá continuar, especialmente na escala de conveniência e pratos prontos", disse Ricardo Florence.

Segundo o vice-presidente de finanças, a Marfrig continuará dando prioridade à comercialização de produtos de maior valor agregado com a marca Seara, procurando também aumentar sua presença junto aos pequenos varejistas. "Ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, fortemente orientado para commodities in natura, os maiores players focam a produção de industrializados no país", completou.

Com a integração das novas marcas da Brasil Foods, a empresa espera aumentar em 9,6 pontos percentuais a presença da Seara no mercado de carnes processadas, alcançando 17,3% de participação em 2012. Em 2011, essa fatia foi de 7,7%.

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