Negócios

Marcas regionais ganham espaço nos supermercados

Pesquisa aponta que 95 empresas regionais ocupam a segunda ou a primeira posição em vendas de alimentos, bebidas, artigos de higiene, limpeza e bazar

O resultado indica avanço das marcas regionais entre as líderes do setor de supermercados (.)

O resultado indica avanço das marcas regionais entre as líderes do setor de supermercados (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - O peso das marcas regionais entre os produtos líderes vendidos nos supermercados brasileiros aumentou. Neste ano, 95 empresas regionais ocupam a segunda ou a primeira posição em vendas de alimentos, bebidas, artigos de higiene, limpeza e bazar, aponta a 38.ª Pesquisa Nacional de Reconhecimento de Marcas, feita pela revista "Supermercado Moderno". Em 2009, 84 companhias regionais estavam entre as líderes.

Os 1.416 empresários do setor de supermercados consultados em janeiro deste ano indicaram uma média de 128 marcas diferentes entre as 3 mais vendidas em sua empresa, para cada 191 categorias de produtos, o que resulta em 24.448 marcas na liderança de vendas. Segundo o coordenador da pesquisa, Valdir Orsetti, esse resultado é um forte indicador do avanço das marcas regionais entre as líderes. "Se os empresários tivessem citado as mesmas três marcas para cada categoria, o total seria bem menor: 573 marcas diferentes", observa.

A pesquisa mostra que o peso das marcas regionais nas vendas é maior no Sul do País e na região que engloba Minas Gerais, Espírito Santo e o interior do Estado do Rio de Janeiro. No Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, os supermercadistas citaram, em média, 28 marcas por categoria entre as 3 mais vendidas. Entre Minas Gerais, Espírito Santo e o interior do Rio de Janeiro, foram 24 marcas.

Segundo Orsetti, alguns fatores explicam esse movimento. Com a estabilidade econômica, as empresas menores tiveram condições de oferecer produtos com qualidade equivalente à das líderes e preços menores. "Todo mundo está em busca de uma boa negociação", diz. Além disso, com o ritmo acelerado das fusões e aquisições no varejo de supermercados, as grandes empresas descobriram que tinham de preservar o mix local de produtos para manter a clientela. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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