Loja da Máquina de Vendas: ex-sócio tem plano ambicioso em nova empresa (Daniel Iglesias/O TEMPO/FuturaPress)
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de agosto de 2018 às 14h35.
Última atualização em 21 de agosto de 2018 às 14h41.
São Paulo - A varejista Máquina de Vendas, dona das redes Ricardo Eletro e Insinuante, deverá protocolar nesta terça-feira, 21, plano de recuperação extrajudicial para reestruturar dívida de cerca de R$ 3 bilhões, sendo metade deste valor com fornecedores. Na segunda-feira, 20, à noite, as partes estavam reunidas para acertar os últimos detalhes do acordo, segundo duas fontes a par do assunto.
O processo de reestruturação está sendo conduzido pelo grupo Starboard, companhia brasileira de private equity (que compra participação em empresas) e de reestruturação de empresas em dificuldades.
A expectativa, se o acerto for fechado, é de que a Starboard faça um aporte de R$ 250 milhões na companhia e se torne controlador do negócio. Pelas conversas atuais, a Starboard - que tem o fundo americano Apollo como sócio - ficaria com 72,5%. O restante seria dos atuais controladores. Este desenho ainda pode ser revisto, disse uma fonte.
Nas negociações, os fornecedores devem se dispor a liberar linhas de crédito à companhia de cerca de R$ 800 milhões. A empresa, que hoje está devendo para as indústrias, precisa desse fôlego para reabastecer suas unidades com produtos. Para completar o plano, o grupo espera levantar outros R$ 250 milhões com fundos de investimento.
Com faturamento de cerca de R$ 5,2 bilhões, a Máquina de Vendas tem 650 lojas e é a terceira empresa desse setor no País A varejista chegou a ter 1,2 mil lojas, mas teve de enxugar o negócio por causa da crise. Há alguns anos está em busca de um parceiro para o negócio.
Procurado, Pedro Bianchi, da Starboard, confirmou as negociações. O executivo deverá ser anunciado como conselheiro da empresa assim que o acordo sair.
A Máquina de Vendas não retornou o contato da reportagem até o fechamento do texto.