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Manaus recebe o BAS 2025 e terá o dobro de startups em relação à edição anterior

Manaus sediará o Bioeconomy Amazon Summit 2025, com 150 startups e foco em bioeconomia e inovação sustentável. O evento antecede a COP 30 e integrará saberes ancestrais e tecnologias modernas

BAS em Belém no ano passado: neste ano, o evento reunirá 150 startups da Amazônia, superando as 76 participantes da primeira edição, realizada em Belém, em 2024 (Cabron Studios/Divulgação)

BAS em Belém no ano passado: neste ano, o evento reunirá 150 startups da Amazônia, superando as 76 participantes da primeira edição, realizada em Belém, em 2024 (Cabron Studios/Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 8 de abril de 2025 às 10h33.

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Em 30 e 31 de julho de 2025, Manaus será o palco da segunda edição do Bioeconomy Amazon Summit (BAS), evento de grande relevância para a bioeconomia e inovação sustentável. A capital amazonense será o centro de discussões que vão conectar soluções tecnológicas inovadoras com as demandas socioambientais da região.

Desta vez, o evento reunirá 150 startups da Amazônia, superando as 76 participantes da primeira edição, realizada em Belém, em 2024. A expectativa é que mais de 1.000 pessoas, incluindo empreendedores, investidores e líderes do setor público e privado, compareçam ao evento, que ocorrerá no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques.

O BAS 2025 ocorrerá em um momento estratégico, com a proximidade da COP 30, marcada para novembro de 2025, em Belém. O evento em Manaus funcionará como uma prévia dos debates e soluções que serão apresentadas na conferência global sobre mudanças climáticas, que colocará a Amazônia e a bioeconomia no centro das discussões internacionais.

Crescimento e objetivos

A edição de 2025 do BAS, promovida pelo Pacto Global – Rede Brasil e pela gestora de venture capital KPTL, reforça o compromisso com o fortalecimento da bioeconomia na Amazônia. O evento já se consolidou como um dos maiores do setor, sendo uma plataforma essencial para promover o desenvolvimento sustentável da região. Além disso, o BAS também se destaca por seu papel na criação de um ecossistema de inovação com foco em soluções sustentáveis, conectando startups, grandes empresas, investidores e o setor público.

"Nosso objetivo com o BAS 2025 é não só ampliar a quantidade de startups, mas também aprofundar o impacto das soluções que elas oferecem para os desafios regionais e globais. Queremos fortalecer o papel da Amazônia na agenda de sustentabilidade global e criar oportunidades de negócios para as empresas locais", afirma Renato Ramalho, CEO da KPTL.

Entre os destaques do evento estarão as tradicionais rodadas de negócios, a Arena Empreendedora, onde as startups terão a chance de apresentar suas inovações, e a Arena de Debates, que reunirá especialistas nacionais e internacionais para discutir os principais temas relacionados à bioeconomia, sustentabilidade e desenvolvimento econômico. O evento será um ponto de encontro importante para quem busca integrar inovação com preservação ambiental.

Preparação para a COP 30

Com a COP 30 em mente, o BAS 2025 servirá como uma preparação estratégica para as discussões e decisões que acontecerão em novembro de 2025, em Belém. A organização do evento espera que os debates realizados durante o BAS gerem contribuições concretas para a conferência, com foco na integração entre soluções locais e globais.

O evento será um espaço para compartilhar experiências, promover a troca de conhecimentos e soluções, além de dar visibilidade a novas oportunidades de negócios e parcerias para startups da região. Mais de 60 investidores e grandes empresas devem participar das rodadas de negócios, promovendo conexões estratégicas e novas perspectivas para os participantes.

Saberes ancestrais e comunidades tradicionais

Uma das inovações para o BAS 2025 será a ampliação da Roda de Saberes Ancestrais, que se transformará em uma Plataforma de Mapeamento de Tecnologias Ancestrais. Este espaço será conduzido por lideranças indígenas e de comunidades tradicionais, como ribeirinhas e quilombolas, da Amazônia Legal, com o objetivo de promover um diálogo entre essas comunidades e empresas interessadas em incorporar práticas de sustentabilidade e impacto positivo.

O evento buscará integrar o conhecimento tradicional com as inovações tecnológicas modernas, criando um ambiente de aprendizado mútuo e colaborativo.

“O BAS não é apenas uma vitrine para as startups amazônicas, mas uma plataforma para conectar diferentes atores e estimular soluções reais para os desafios enfrentados pela região”, explica Renato Ramalho. A inclusão de saberes ancestrais será fundamental para garantir que as soluções sustentáveis oferecidas pelas startups considerem os conhecimentos profundos e históricos das comunidades locais.

Setores em destaque

A bioeconomia será o principal foco do BAS 2025, e as startups participantes estarão divididas em diversos setores, com destaque para alimentos e bebidas (39%), saúde e cosméticos (13%), clima (10%), agronegócio (9%) e dados (6%). A diversidade de áreas abordadas mostra o potencial da bioeconomia para impactar diferentes frentes de inovação, todas voltadas à sustentabilidade e à preservação ambiental.

Os dados da edição de 2024 indicam que a maioria das startups da região ainda está na fase de tração, com 53% dos participantes nesse estágio. A oportunidade de se conectar com investidores e grandes empresas durante as rodadas de negócios é vista como um fator importante para acelerar o crescimento dessas empresas. Em 2025, espera-se que o evento atraia ainda mais startups em diferentes estágios de maturação, ampliando o ecossistema de inovação da Amazônia.

Diversificação do evento

Além das rodadas de negócios e das arenas de inovação, o BAS 2025 expandirá suas atividades para incluir novas salas temáticas, que abordarão questões estruturais essenciais para o crescimento de startups e negócios de impacto. Temas como compliance, logística, incentivos fiscais e a sustentabilidade das cadeias produtivas serão discutidos por especialistas e representantes do setor público e privado.

“Diversificar o evento e oferecer espaços de debate sobre temas estruturais é fundamental para garantir que a inovação na Amazônia se desenvolva de forma sólida e sustentável. A ampliação das salas temáticas traz mais profundidade às discussões e ajuda a identificar soluções práticas para os desafios enfrentados pelas empresas da região”, destaca Renato Ramalho.

O futuro da bioeconomia

O BAS 2025 não é apenas um evento isolado, mas parte de uma estratégia maior para promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia nos próximos anos. A iniciativa busca fortalecer a região como um centro de inovação em bioeconomia, destacando a importância de soluções locais para desafios globais.

A parceria entre o Pacto Global – Rede Brasil e a KPTL, com o apoio de várias outras instituições, coloca o evento como uma plataforma chave para fomentar negócios de impacto e promover a sustentabilidade na região.

Além disso, a organização do BAS já tem um compromisso de continuidade do evento até 2030. "O BAS vai muito além de um evento anual. Ele é uma plataforma aberta de inovação, onde empresas e investidores podem se conectar com empreendedores da Amazônia e ajudar a moldar o futuro da região", diz Renato Ramalho.

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