Belorizontina: os lotes contaminados foram produzidos entre julho de 2019 e janeiro de 2020 (Washington Alves/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 15h49.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2020 às 19h28.
O Ministério da Agricultura informou nesta terça-feira, 18, que os resultados mais recentes de análises feitas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA/MG) mostram que mais 14 lotes de cervejas produzidas pela empresa Backer estavam contaminados com etilenoglicol e/ou dietilenoglicol, de 53 amostras coletadas.
Os lotes contaminados foram produzidos entre julho de 2019 e janeiro de 2020. As amostras impróprias para consumo são Belorizontina, Backer Pilsen, Backer Trigo, Brown, Backer D2, Capixaba, Capitão Senra, Corleone, Fargo 46, Layback D2, Pele Vermelha e Três Lobos Pilsen.
"O Ministério da Agricultura ressalta que o caso envolvendo a contaminação por etilenoglicol e dietilenoglicol em cervejas da empresa Backer é um evento isolado e que não coloca em risco a segurança das demais cervejas nacionais, sejam elas produzidas por estabelecimentos de grande ou pequeno porte", afirmou a pasta em nota.
Ao todo, o Brasil tem 5.695 estabelecimentos produtores de bebidas. Durante as investigações sobre a contaminação da cerveja Backer, foi coletada mais de uma centena de amostras de diversas marcas, sendo que de 74 amostras, todas deram resultado negativo para a presença de produtos tóxicos (dietilenoglicol e monoetilenoglicol), que não devem estar na composição da cerveja e foram encontrados nas marcas da Backer.
"Também não foram detectados esses contaminantes nas matérias-primas para a produção de cerveja ou no reservatório de água que abastece a empresa", informou o órgão do governo.
O Ministério da Agricultura informou que a Baker continua fechada, cautelarmente, até que comprove que promoveu as alterações necessárias em seu processo produtivo e equipamentos, para garantir a segurança dos produtos elaborados.