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Maior grupo editorial da Espanha pode deixar a Catalunha

A empresa disse que a decisão foi adotada pelo seu conselho de administração "diante da insegurança jurídica que aconteceria" na Catalunha

Catalunha: o Grupo Planeta argumentou que "a transferência de sede não exigirá uma realocação de funcionários" (Francois Lenoir/Reuters)

Catalunha: o Grupo Planeta argumentou que "a transferência de sede não exigirá uma realocação de funcionários" (Francois Lenoir/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de outubro de 2017 às 21h48.

Barcelona - O Grupo Planeta, maior conglomerado editorial e audiovisual da Espanha, anunciou nesta segunda-feira que transferirá sua sede de Barcelona para Madri "se ocorrer uma declaração unilateral de independência da Catalunha".

A empresa disse em um comunicado que a decisão foi adotada pelo seu conselho de administração "diante da insegurança jurídica que aconteceria" na Catalunha. O conselho também avaliou a proteção dos "interesses de seus acionistas, funcionários e do projeto empresarial".

O anúncio foi feito 24 horas antes do pronunciamento que o chefe do governo da Catalunha, Carles Puigdemont, fará no Parlamento regional sobre os resultados do referendo separatista de 1º de outubro e no qual pode anunciar uma declaração unilateral de independência.

O Grupo Planeta argumentou que "a transferência de sede não exigirá uma realocação de funcionários, já que conta com sedes operacionais em diversas cidades da Espanha".

Em 2012, o então presidente do grupo, José Manuel Lara Bosch, que faleceria três anos depois, disse que se a Catalunha se declarasse independente, o Planeta deixaria a região e se mudaria para "Madri, Cuenca ou Zaragoza". Em outubro de 2015, o herdeiro José Manuel e o atual presidente, José Creuheras, manifestaram a "vontade inequívoca" de respeitar os desejos de Lara Bosch.

O anúncio do Grupo Planeta se une a outros semelhantes feitos por outras grandes companhias espanholas como Abertis, Banco Sabadell, Caixabank e Gas Natural Fenosa.

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