Negócios

Maior competição no setor de cartões derruba taxas

As taxas cobradas dos lojistas pelas credenciadoras já caíram cerca de 0,7 ponto porcentual

Competição entre as bandeiras diminuiu os preços cobrados aos loisas (.)

Competição entre as bandeiras diminuiu os preços cobrados aos loisas (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - O mercado de cartões de crédito começa a sentir os efeitos das medidas para ampliar a competição, implementadas há dois meses. As taxas cobradas dos lojistas pelas credenciadoras já caíram cerca de 0,7 ponto porcentual e novos competidores, como o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), resolveram entrar no mercado, o que deve acirrar a concorrência - o Santander já está atuando no setor com a GetNet.

Dados preliminares da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) indicam que a taxa média cobrada dos lojistas por transação com cartões de crédito caiu da casa dos 3,2% para 2,5%. A queda ocorre por conta das negociações entre as credenciadoras e os comerciantes, sobretudo os de médio e pequeno porte, segundo o diretor da CNDL, Roberto Alfeo.

Desde o dia 1º de julho, os terminais da Cielo, que antes eram exclusivos da Visa, leem cartões da Mastercard e da American Express. Os da Redecard passaram a capturar transações para a Visa. Mas, até agora, os comerciantes têm preferido ficar com os dois terminais, das duas principais credenciadoras. Não há dados oficiais sobre essa movimentação.

Segundo o diretor da CNDL, muitos comerciantes, especialmente os de pequeno porte, não sabem que podem ficar só com um terminal. Os especialistas das empresas de cartões dizem que boa parte dos comerciantes vai ficar com os terminais das duas credenciadoras por conta de eventuais problemas tecnológicos. Assim, se a rede de uma cair, como ocorreu no Dia das Mães, por exemplo, as transações migram para a outra rede.

Outros comerciantes preferem manter as duas máquinas por conta da aceitação dos cartões. A Cielo ainda não aceita todos os vales-refeição e alimentação. Só começou a aceitar os cartões da Ticket, por exemplo, no mês passado - e ainda não aceita outros vales de benefícios, como o VR. A Redecard ainda não aceita o Visa Vale.

Mas os comerciantes estão sentido maior competição entre as duas credenciadoras. Tanto a Cielo como a Redecard, que dominam 90% do mercado, têm feito ações com lojistas para tentar mantê-los em sua rede de clientes.

A Redecard, por exemplo, dá cupons que sorteiam prêmios ao proprietário do estabelecimento toda vez que um determinado volume de transações passar por seus terminais. Além disso, o preço do aluguel do POS - o terminal que faz a leitura dos cartões - tende a cair. O Santander não tem cobrado esse valor, que varia de R$ 80 a 200.

Leia mais notícias sobre cartões de crédito

Siga as notícias do site EXAME sobre Negócios no Twitter

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCartões de créditoDados de BrasilFinançassetor-de-cartoessetor-financeiroTaxas

Mais de Negócios

Ele criou um tênis que se calça sozinho. E esta marca tem tudo para ser o novo fenômeno dos calçados

30 franquias baratas a partir de R$ 4.900 com desconto na Black Friday

Ela transformou um podcast sobre namoro em um negócio de R$ 650 milhões

Eles criaram um negócio milionário para médicos que odeiam a burocracia