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Magazine Luiza vende chocolates e peças de carro em marketplace

No mês de abril, a companhia ultrapassou a marca de 100 parceiros em seu marketplace, com mais de 220 mil itens diferentes

Magazine Luiza: lucro líquido foi de R$ 59 milhões e margem de 2,1% no primeiro trimestre do ano (./Divulgação)

Magazine Luiza: lucro líquido foi de R$ 59 milhões e margem de 2,1% no primeiro trimestre do ano (./Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 5 de maio de 2017 às 14h15.

Última atualização em 5 de maio de 2017 às 14h26.

São Paulo - Magazine Luiza ganhou mais espaço no mercado e viu seu lucro crescer, com foco na integração entre os canais físico e digital. Além disso, pela primeira vez desde a sua fundação, o Magazine Luiza vendeu chocolates nessa páscoa com a expansão de seu marketplace.

A Mondelez é um dos novos vendedores do marketplace da companhia, onde vende de ovos Lacta a caixas de Bis Oreo. Os chocolates são alguns dos novos produtos que estão a venda no site da empresa, em operações controladas por parceiros.

No mês de abril, a companhia ultrapassou a marca de 100 parceiros em seu marketplace, como Spicy, Avon, ClimaRio, Havan, Connectparts, Onofre,  MadeiraMadeira, Drograria SP, Drogaria Pacheco, entre outros.

Com esses novos parceiros, a empresa tem mais de 220 mil itens diferentes em seu shopping virtual.

Cosméticos, alimentos e até produtos para carros divergem bastante do catálogo tradicional da empresa, mas esses produtos fazem parte da sua estratégia para reforçar o marketplace e as vendas online.

Praticamente todos os produtos vendidos por terceiros são complementares aos oferecidos pelo Magazine Luiza: 98% dos itens do marketplace não concorrem com a companhia. Por enquanto, a estratégia é apenas ampliar o leque de produtos oferecidos a clientes e não sair das categorias que vende.

A velocidade de integrar esses novos parceiros veio depois da aquisição da startup Integra, especializada na gestão lojistas e marketplaces e cujo sistema é usado por mais de 200 empresas.

Resultado

As vendas da varejista deram um salto e garantiram à companhia o seu maior Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, da história.

O lucro líquido foi de R$ 59 milhões e margem de 2,1% no primeiro trimestre do ano, contra R$ 5 milhões e margem de 0,2% no ano passado.

As vendas totais cresceram 23% no primeiro trimestre do ano, atingindo R$ 3,4 bilhões.

No virtual, crescimento real

O comércio eletrônico foi o grande destaque da varejista e já representa 28% das vendas totais. O faturamento desse segmento cresceu 56,2% em relação ao ano passado.

Já faz alguns trimestres que a varejista declarou ser uma "empresa digital com pontos físicos". As mais de 800 lojas físicas atuam como centros de distribuição e podem funcionar como ponto de coleta para as vendas on-line, sem que o consumidor precise pagar frete, serviço chamado Retira Loja.

Agora, a meta da empresa é entregar os produtos nas lojas até 48 horas depois da compra nesta modalidade.

Além da redução de prazo de entrega, a integração entre canais também ajudou a diminuir o tempo de estoque para 66 dias, de 73 dias no início do ano passado.

A companhia vem investindo em vendas pelo smartphone e seu aplicativo já tem mais de 5,4 milhões de downloads.

Preços racionais

Além da estratégia multicanal, de integrar lojas físicas e online, o crescimento do comércio eletrônico também se deve a preços mais racionais no mercado, afirmou Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza.

"Os players perdiam muito dinheiro e queimavam caixa com suas operações on-line. Num momento bom da economia já era difícil sustentar, mas com a crise, liquidez baixa e juros altos, a situação se tornou insuportável", disse.

Ele afirma que os competidores estão praticando preços mais racionais e, com isso, a Magazine Luiza se beneficia e aumenta sua taxa de conversão.

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