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Magazine Luiza tem prejuízo no quarto tri por maiores despesas

Os investimentos em aquisição e a integração de redes fez a empresa fechar o último trimestre de 2011 com prejuízo

Ao longo do ano passado, a varejista comprou a Lojas do Baú, do grupo Sílvio Santos, em junho, e acelerou a integração da nordestina Lojas Maia (Germano Lüders/EXAME)

Ao longo do ano passado, a varejista comprou a Lojas do Baú, do grupo Sílvio Santos, em junho, e acelerou a integração da nordestina Lojas Maia (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2012 às 09h29.

São Paulo - O aumento de 44 por cento em despesas operacionais decorrentes de investimentos em aquisição e integração de redes levou o Magazine Luiza a encerrar o quarto trimestre de 2011 com prejuízo líquido de 16,9 milhões de reais, comparado a lucro de 20,5 milhões obtido um ano antes.

Ao longo do ano passado, a varejista comprou a Lojas do Baú, do grupo Sílvio Santos, em junho, e acelerou a integração da nordestina Lojas Maia, adquirida em julho de 2010, além de ter destinado recursos à área de logística.

A migração da plataforma de cartão de crédito (Luizacred) para o Itaú Unibanco também pressionou os resultados em função de novas práticas adotadas, segundo a companhia.

Com isso, as despesas somaram 615,7 milhões de reais no trimestre e 1,8 bilhão de reais em 2011, alta anual de 39,5 por cento.

Em bases ajustadas, excluindo esses efeitos, o lucro líquido foi de 26,7 milhões de reais no período, o que equivale a alta anual de 30 por cento.

Já a geração de caixa operacional da empresa, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), caiu 44,7 por cento nos três últimos meses de 2011, para 52,5 milhões de reais, com a margem diminuindo de 5,9 para 2,7 por cento.

A receita líquida, enquanto isso, somou 1,9 bilhão de reais no último trimestre de 2011, alta anual de 20,8 por cento.

No ano passado como um todo, a companhia viu o lucro líquido cair 83,1 por cento, para 11,7 milhões de reais, e o Ebitda recuar em 6 por cento, a 300,6 milhões de reais, com margem de 4,7 por cento.

A receita líquida do fechado do ano, por sua vez, aumentou 33,5 por cento, a 6,4 bilhões de reais, com o crescimento das vendas mesmas lojas -que consideram aquelas em operação há pelo menos 12 meses- cedendo de 29 para 16,5 por cento.

A varejista comandada por Luiza Helena Trajano informou ainda que espera apurar crescimento de dois dígitos nas vendas mesmas lojas deste ano, quando o foco será "a integração das redes, a redução de despesas e o aumento da rentabilidade", afirmou a companhia no balanço, se referindo ao processo de maturação das Lojas do Baú e à continuidade do processo de integração da Lojas Maia.

A empresa planeja investir 140 milhões de reais em 2012, considerando a abertura de 20 a 30 lojas e reformas de 50 a 60 unidades.

No último ano, foram desembolsados 210,2 milhões de reais e inauguradas 124 lojas -100 oriundas da aquisição do Baú-, totalizando 728 unidades em operação.

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