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Magazine Luiza conta com Copa para crescer mais no 2º tri

Diretor superintendente reconheceu que inflação e aumento de endividamento das famílias podem afetar varejo, mas ponderou que isso ainda não estaria ocorrendo


	Magazine Luiza: no segundo trimestre de 2013, rede teve crescimento anual de vendas no conceito "mesmas lojas" (abertas há mais de 12 meses) de 9,3%
 (Fabiano Accorsi/EXAME.com)

Magazine Luiza: no segundo trimestre de 2013, rede teve crescimento anual de vendas no conceito "mesmas lojas" (abertas há mais de 12 meses) de 9,3% (Fabiano Accorsi/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2014 às 15h58.

São Paulo - A Copa do Mundo no Brasil em 2014 mantém a perspectiva positiva do Magazine Luiza sobre crescimento nas vendas do segundo trimestre, disse nesta segunda-feira o diretor superintendente da varejista de móveis e eletrodomésticos, Marcelo Silva.

"O desempenho do segundo trimestre tende a ser melhor do que no mesmo trimestre do ano anterior, tanto pela promoção da Copa, quanto também pela maturação de novas lojas", afirmou Silva em entrevista no chat Trading Brazil, da Thomson Reuters. A companhia tem expectativa de abertura de 30 lojas no Brasil em 2014, incluindo 15 adquiridas da Via Varejo.

No segundo trimestre de 2013, o Magazine Luiza teve crescimento anual de vendas no conceito "mesmas lojas" (abertas há mais de 12 meses) de 9,3 por cento, com lucro ajustado avançando 12,4 por cento.

O executivo também disse ter uma expectativa favorável quanto ao crescimento da margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 2014, após alta de 0,9 ponto percentual na margem ajustada em 2013, para 5,1 por cento.

"A expansão das margens deverá vir do crescimento das vendas superior ao crescimento das despesas, permitindo diluição e redução das despesas operacionais, manutenção da margem bruta e maturação das novas lojas." Olhando para 2015, contudo, Silva não descarta ajustes.

"Eu, pessoalmente, tenho respondido que, em 2015, qualquer que seja o governo eleito, se fizermos (o país) as reformas necessárias, valerá a pena o sacrifício das empresas e dos cidadãos brasileiros ..., podemos ter um 2015 de ajustes, que refletirão em crescimento sustentável para o país nos anos seguintes."

Silva reconheceu que inflação e aumento de endividamento das famílias podem afetar o setor de varejo, mas ponderou que isso ainda não estaria ocorrendo.

"Ainda não percebemos queda na demanda de crédito em nossa empresa, inclusive na Luizacred, que é a nossa financeira em parceria com o Itaú Unibanco", disse o superintendente do Magazine Luiza.


Nesta segunda-feira, a Serasa Experian informou que a demanda dos consumidores por crédito recuou 3,2 por cento no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, influenciada pelo avanço da inflação, juros mais altos e menor grau de confiança na economia.

Além disso, pesquisa do Banco Central mostrou que economistas passaram a ver a inflação do Brasil praticamente no teto da meta ao final de 2014.

Segundo Silva, a financeira do Magazine Luiza tem sido conservadora nos financiamentos desde 2011. "Mantemos o patamar de concessão de crédito bastante rígido, por isso que as taxas de inadimplência têm sido as mais baixas dos últimos tempos."

Ações

Ao comentar a compra de ações da empresa por acionistas controladores no final de março, o executivo chamou a atenção para a desvalorização no preço dos papéis no ano passado, apesar da apresentação de "resultados trimestrais positivos e crescentes de forma consistente" no período.

Na sexta-feira, a companhia informou que acionistas controladores compraram mais de 400 mil ações em 19 e 26 de março, movimentando cerca de 2,5 milhões de reais, conforme documento submetido aos reguladores.

"Sem dúvida, os controladores acreditam no crescimento sustentável da companhia", afirmou.

Nos doze meses até a véspera, as ações da varejista acumulavam queda de 17,2 por cento na BM&FBovespa.

Questionado sobre a possibilidade do Magazine Luiza anunciar uma nova recompra de papéis, Silva lembrou que há um programa de recompra, anunciado pela companhia em 2013, que ainda está em vigor.

O programa, com duração de um ano, foi aprovado pelo conselho de administração da empresa em setembro e previa a recompra de até 5 milhões de ações ordinárias, correspondentes a cerca de 8,4 por cento dos papéis em circulação na época.

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