Navio cargueiro carregado com contêineres atracado em um terminal da Maersk no Porto de Los Angeles, em San Pedro, na Califórnia (Kevork Djansezian/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2013 às 12h03.
Copenhague - As três maiores empresas de transporte de contêineres do mundo, incluindo a Maersk Line, concordaram em compartilhar navios em uma tentativa de minimizar prejuízos causados por excesso de capacidade e diminuição nas taxas de frete.
Líder global no mercado, a Maersk Line, braço do grupo dinamarquês de navegação e petróleo AP Moller-Maersk, disse nesta terça-feira ter firmado uma aliança operacional com suas duas maiores rivais, a MSC Mediterran Shipping Company, baseada na Suíça, e a CMA CGM, da França.
As taxas de frete para o transporte de contêineres padrão de portos da Ásia para a Europa, uma das mais movimentadas rotas comerciais do mundo, caíram cerca de 60 por cento desde meados de março, como resultado de uma guerra de preços.
Os três grupos, que respondem por pouco menos que 40 por cento da capacidade mundial de contêineres, pretendem oferecer o transporte de cargas nos navios compartilhados através de um centro de operação conjunta a partir do segundo trimestre de 2014.
A aliança precisa da aprovação de autoridades antitruste na União Europeia, assim como de reguladores de outros países nos quais as empresas mantêm operações, como Estados Unidos, China e Brasil, afirmou a Maersk.
O acordo, batizado de P3, contará com 255 navios com uma capacidade total de 2,6 milhões de TEUs (contêineres de 20 pés), operando nas rotas Ásia-Europa, Transpacífica e Transatlântica (Norte da Europa e Mediterrâneo), afirmou a Maersk Line.
A empresa irá contribuir com mais de 100 navios. As três companhias vão continuar a realizar vendas independentes, com marketing e serviços a cliente também separados.