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Maersk Oil reduz exploração e avalia novas aquisições

Segundo presidente, petroleira reduzirá suas atividades de exploração globalmente e praticamente vai encerrá-las no Brasil


	Maersk: companhia registrou uma baixa contábil de 1,7 bilhão de dólares no ano passado
 (Ivan Storti/Grupo Libra)

Maersk: companhia registrou uma baixa contábil de 1,7 bilhão de dólares no ano passado (Ivan Storti/Grupo Libra)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 12h22.

Copenhague - Depois de recentes perfurações de poços secos e uma baixa contábil de 1,7 bilhão de dólares, a petroleira Maersk Oil reduzirá suas atividades de exploração globalmente e praticamente vai encerrá-las no Brasil e na costa norte-americana do Golfo do México, até que resolva os problemas, disse o presidente da empresa Jakob Thomasen nesta quinta-feira.

A unidade da A.P. Moller-Maersk tem reservas suficientes para 4,6 anos de produção, abaixo da média de 5 a 10 anos de empresas concorrentes, que incluem Hess, Nexen e Marathon Oil.

Com a redução dos gastos com exploração, a Maersk Oil poderá ter que acrescentar reservas para uso futuro com a aquisição de campos de petróleo ou outras companhias.

"O fato de explorarmos menos vai significar que teremos que descobrir ou adicionar óleo e gás para substituir a produção de uma maneira diferente", disse Thomasen em entrevista à Reuters.

"Nós vamos retomar os programas de exploração quando sentirmos que os problemas foram resolvidos, mas o aumento das reservas também poderá ser conseguido por meio de aquisições", disse ele, sem explicar que problemas a empresa tem no setor de exploração.

No ano passado, a companhia registrou uma baixa contábil de 1,7 bilhão de dólares relacionada a ativos comprados no Brasil por 2,4 bilhões de dólares em 2010, abandonou um campo de gás no litoral da Dinamarca e perfurou dois poços secos no Curdistão iraquiano.

"Nós nos desapontamos e por isso reduzimos o ritmo de exploração até que tenhamos certeza, ou mais certeza, de que poderemos entregar o que queremos", disse o executivo.

"O que fizemos no Brasil e também no Golfo do México norte-americano foi parar, ou praticamente parar, os esforços de exploração pelo menos até que estejamos certos sobre por onde avançar."

Os gastos com exploração caíram para 172 milhões de dólares no segundo trimestre de 2014, ante 380 milhões um ano antes.

Para este ano, os gastos totais deverão ficar abaixo de 1 bilhão de dólares, ante 1,1 bilhão em 2013.

A produção de propriedade da Maersk Oil caiu em um terço entre 2011 e o ano passado, para 235 mil barris por dia.

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