"Isso não é assunto de presidente da República. É assunto comercial do Banco Central", disse Lula (Ricardo Stuckert/Presidência da República)
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2010 às 08h57.
Maputo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou hoje que tenha tratado com o empresário Sílvio Santos a liberação de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para cobrir o rombo no banco Panamericano. "Isso não é assunto de presidente da República. É assunto comercial do Banco Central", afirmou.
Lula, que embarcou hoje de Moçambique para Seul, na Coreia do Sul, comentou também a prisão de policiais e auditores da Receita Federal e do Tesouro Nacional. Segundo denúncias, eles integravam uma quadrilha acusada de fraudar importações.
"Só existe uma possibilidade de alguém não ser investigado. É ser honesto. É andar na linha. Isso demonstra que estamos atrás de bandido", disse o presidente, referindo-se à investigação conjunta da Polícia Federal e da Receita Federal.
Sobre a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de recomendar a suspensão de 32 obras públicas, por apresentarem "graves" irregularidades, Lula voltou a afirmar que o que o TCU investiga e constata nem sempre é verídico. "Muitas vezes, existe desconfiança em relação a alguma obra que depois não se confirma", afirmou o presidente, que voltou a defender a revisão administrativa de avaliação de obras pelo TCU.