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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
Uma simples frase do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma luz voltou a acender no fim do túnel em que se encontra a Varig. "Essas coisas você trata com racionalidade de uma empresa privada que tem problemas e que precisa encontrar a solução para os problemas de acordo com as leis de mercado", disse o presidente. "Tenho dito publicamente que o governo não vai colocar dinheiro público. O que nós podemos fazer é financiar a salvação da Varig desde que a empresa cumpra o seu papel".
Para muitos, a palavra do presidente é um sinal de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá, sim, ajudar a companhia aérea - não com ajuda direta à Fundação Rubem Berta, mas por meio de um plano alternativo, caso a venda da Varig para a Varig Log não seja concretizada. Uma possibilidade é o BNDES ajudar um possível comprador, através de um financiamento.
O plano alternativo prevê a divisão da Varig em duas empresas: uma parte, responsável pela operação internacional, ficaria com as dívidas, mas também com créditos a receber que a empresa cobra na Justiça, que somam cerca de 4,5 bilhões de reais. A Varig vem pleiteando esse valor em função, entre outras coisas, de planos econômicos que teriam prejudicado as finanças da empresa. A segunda parte ficaria com os vôos nacionais e estaria livre de dívidas. Na proposta discutida ontem, essa segunda fatia é que seria colocada à venda, por meio de leilão.
A idéia da divisão da Varig foi apresentada pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa.. Ayoub esteve ontem (27/4) em Brasília, onde se encontrou com o ministro da Defesa, Waldir Pires, e com o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi.