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Lucro da Oi é recorde com sinergias da BrT

São Paulo - A Oi divulgou nesta quinta-feira lucro recorde no primeiro semestre de 940 milhões de reais, impulsionado por sinergias de 600 milhões de reais obtidas no período com a Brasil Telecom, revertendo prejuízo de janeiro a junho de 2009. A Oi --que na quarta-feira anunciou acordo para uma aliança com a Portugal Telecom […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

São Paulo - A Oi divulgou nesta quinta-feira lucro recorde no primeiro semestre de 940 milhões de reais, impulsionado por sinergias de 600 milhões de reais obtidas no período com a Brasil Telecom, revertendo prejuízo de janeiro a junho de 2009.

A Oi --que na quarta-feira anunciou acordo para uma aliança com a Portugal Telecom que prevê posições acionárias cruzadas-- teve lucro líquido apenas no segundo trimestre de 444 milhões de reais, comparado a prejuízo de 146 milhões de reais um ano antes e acima dos 396 milhões de reais previstos por analistas, segundo pesquisa Reuters.

A empresa teve receita líquida de 7,4 bilhões de reais no segundo trimestre e de 14,9 bilhões de reais de janeiro a junho, altas de 1,3 e de 0,4 por cento, respectivamente.

O Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação-- foi de 2,7 bilhões de reais de abril a junho, ante 2,4 bilhões de reais no mesmo período de 2009. A margem Ebitda trimestral subiu para 36,2 por cento. No semestre, a geração de caixa somou 5,2 bilhões de reais.

O grupo --com pesado endividamento decorrente da aquisição da Brasil Telecom em 2008-- terminou junho com dívida líquida de quase 21 bilhões de reais, ou 2,1 vezes sua geração de caixa anualizada.

Na quarta-feira, a Portugal Telecom anunciou que pagará até 8,44 bilhões de reais para ter uma participação minoritária de 22,4 por cento ma Telemar Norte Leste, braço operacional do grupo Oi.

A operação de entrada da Portugal Telecom na Oi prevê dois aumentos de capital de 12 bilhões de reais cada em companhias do grupo brasileiro, a Telemar Norte Leste e a Tele Norte Leste. Os recursos devem ser usados, principalmente, para reduzir a alavancagem da Oi.

"Não conto com ovo antes da galinha. Enquanto não entrar esse dinheiro, vamos continuar com nosso processo de amortização de dívida como tinha orçado", afirmou a jornalistas o diretor financeiro da Oi, Alex Zornig, mencionando previsão de alcançar relação entre dívida líquida e geração de caixa de 1,7 vez em 2012, sem considerar Portugal Telecom.


Mais clientes

A Oi terminou junho com 20,8 milhões de linhas de telefonia fixa em serviço, queda de 4,6 por cento em 12 meses. Em banda larga, o total de clientes chegou a 4,3 milhões no meio do ano, avanço de 5,9 por cento.

Em telefonia móvel eram 37,2 milhões de assinantes no fim de junho, alta de 9,7 por cento --abaixo do crescimento do mercado de quase 16 por cento. "Não nos preocupa perder market share enquanto temos essa estratégia rentabilizar a base", disse Zornig. De fato, a Oi teve alta anual de 6,7 por cento na receita média mensal por usuário de celular, conhecida como Arpu, para 22,4 reais.

Em termos percentuais, o maior crescimento foi na base de clientes de TV paga. A Oi encerrou junho com 265 mil assinantes, mais de quatro vezes o total de um ano antes. A meta, revelou Zornig, é chegar a 800 mil no final de 2011.

Investimentos

Após investimentos de 818 milhões de reais até junho, a Oi mantém a previsão de atingir perto de 4 bilhões de reais no acumulado de 2010.

Segundo Zornig, as áreas prioritárias continuam a ser banda larga, 3G "nos municípios que deem retorno" e conclusão da infraestrutura móvel no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

O executivo minimizou o valor absoluto dos investimentos, ao destacar o aumento do poder de barganha do grupo após a compra da Brasil Telecom e devido à agressividade de fornecedores chineses de equipamentos.

Como exemplo, o diretor da Oi citou o investimento que será feito pela empresa na rede móvel para banda larga nas cidades de Ribeirão Preto e Presidente Prudente, interior de São Paulo. "Estamos pagando 52 por cento menos do que pagaríamos 1 ano atrás", disse, sem citar valores. Segundo ele, os fornecedores, nesse caso, são a chinesa Huawei e a finlandesa Nokia.

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