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Lucro líquido do IRB vai a R$ 249 mi no 4º tri, queda de 32,6%

O resultado financeiro do IRB foi a R$ 176 milhões no quarto trimestre, recuo de 35,2% ante um ano

IRB: no ano de 2017, o resultado da companhia foi a R$ 925,050 milhões (IRB/Divulgação)

IRB: no ano de 2017, o resultado da companhia foi a R$ 925,050 milhões (IRB/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 22h16.

São Paulo - O ressegurador IRB Brasil Re registrou lucro líquido de R$ 249 milhões no quarto trimestre do ano passado, cifra 32,6% inferior à vista um ano antes, de R$ 370 milhões. Em relação ao terceiro trimestre, porém, o resultado apresentou crescimento de 12,2%.

A queda do lucro no quarto trimestre, explica o IRB em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, impactou o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE), que foi a 29% no período ante 44% um ano atrás. "A queda no lucro líquido no trimestre decorre da menor contribuição do resultado financeiro no período, em função da redução da taxa Selic", justifica o ressegurador, no documento.

O resultado financeiro do IRB foi a R$ 176 milhões no quarto trimestre, recuo de 35,2% ante um ano. Em todo o exercício passado, a redução foi menor, de 22,3% ante 2016, para R$ 809 milhões.

No ano de 2017, o resultado da companhia foi a R$ 925,050 milhões, aumento de 8,85% na comparação com o resultado de 2016, R$ 849,874 milhões.

De acordo com o IRB, o ganho reflete o crescimento do resultado operacional mais que compensando a redução do resultado financeiro nos períodos, em função da queda da taxa Selic. A rentabilidade do ressegurador foi a 26,8% no ano passado, superando a de 2016, de 26,1%.

O presidente do IRB, José Carlos Cardoso, afirmou, em nota à imprensa, que, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador, a estratégia do ressegurador se mostrou "assertiva". "A subscrição de novos contratos e a ampliação da participação em outros já existentes, além do desenvolvimento de novos produtos foram fundamentais para os resultados de 2017", avaliou ele.

Para 2018, conforme o executivo, a companhia vai manter a mesma estratégia em busca de compensar a queda da taxa Selic, com entrega de resultados anuais crescentes. "Temos o compromisso de seguir ampliando nosso negócio e, para isso, estamos investindo fortemente em pessoas e em tecnologia", garantiu o presidente.

De outubro a dezembro do ano passado, o IRB emitiu R$ 1,3 bilhão em prêmios de resseguro, avanço de 9% em relação ao mesmo período de 2016.

Já no ano de 2017 foram R$ 5,8 bilhões, expansão de 17% na comparação com 2016.

"O crescimento nos prêmios emitidos em 2017 é reflexo do aumento no volume de novos contratos, bem como do aumento nas participações dos contratos existentes e também pela nova realidade de preços", explica o ressegurador, em relatório.

O índice combinado do IRB, que mede a sua eficiência operacional, foi a 79,3% ao final de dezembro, piora de 8 pontos porcentuais em um ano.

Neste caso, quanto menor, melhor. Acima dos 100% indica prejuízo da operação. No ano, porém, melhorou 6 pontos porcentuais (p.p.), para 86,3%.

Como consequência, o índice de sinistralidade foi a 53,4% no quarto trimestre, piora de 14 p.p. em um ano. Em 2017, melhorou 3 p.p. contra 2016, para 59%.

O IRB encerrou dezembro com R$ 14,343 bilhões em ativos totais em dezembro último, aumento de 5,17% em um ano. Já o seu patrimônio líquido foi a R$ 3,581 bilhões, expansão de 7,60%, na mesma base de comparação.

O IRB lembra que o ano de 2017 entrou para sua história por conta da abertura de capital do ressegurador, concluindo o processo de desestatização da companhia.

Listada no Novo Mercado, segmento de mais elevada governança corporativa, a empresa conseguiu com sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) se posicionar em 9º lugar entre as maiores resseguradoras globais em valor de mercado.

Ao final de 2017, o valor de mercado do IRB Brasil RE era de R$ 10,6 bilhões, quatro vezes maior do que o registrado em outubro de 2013, de R$ 2,7 bilhões. As ações da Companhia se valorizaram 27% no período de 31 de julho a 29 de dezembro de 2017.

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