Negócios

Lucro líquido do Banco do Brasil desaba 61% no 4º tri

Mesmo na base ajustada, o lucro do banco teve queda de 34% na comparação com o 4º trimestre de 2016

Banco do Brasil: lucro de R$ 963 milhões no quarto trimestre (VEJA RIO/VEJA)

Banco do Brasil: lucro de R$ 963 milhões no quarto trimestre (VEJA RIO/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 07h51.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2017 às 08h49.

São Paulo - O Banco do Brasil encerra nesta quinta-feira, 16, a temporada de balanços dos grandes bancos ao reportar lucro líquido ajustado de R$ 1,747 bilhão no quarto trimestre de 2016, cifra 34% menor que a registrada um ano antes, de R$ 2,648 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, quando totalizou R$ 2,337 bilhões, houve declínio de 25,2%.

O lucro líquido do BB considerando eventos extraordinários foi a R$ 963 milhões de outubro a dezembro, queda de 61,6% na comparação com 12 meses, quando o resultado ficou em R$ 2,512 bilhões. Já em relação aos três meses anteriores, de R$ 2,246 bilhões, encolheu 57,1%.

Dentre os eventos não recorrentes no quarto trimestre ante um ano, o BB cita, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, montante de R$ 784 milhões, resultado de gastos de R$ 1,401 bilhão com o plano de incentivo a aposentadoria do banco, efeito fiscais positivos de R$ 729 milhões e negativo de R$ 182 milhões por conta de planos econômicos.

Em 2016, o lucro líquido ajustado do BB alcançou R$ 7,171 bilhões, retração de 38,2% em relação a 2015, de R$ 11,594 bilhões. Se considerados eventos extraordinários, a cifra foi de R$ 8,034 bilhões, queda de 44,2%, na mesma base de comparação. De acordo com o banco, o resultado foi impactado, principalmente, pelo aumento da despesa de provisão no ano.

O BB lembra ainda que iniciou no ano passado um conjunto de medidas para reorganização institucional e que serão implementadas ao longo de 2017. Além do plano de aposentadoria, chamado Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), que teve 9.409 adesões em 2016, dentre as medidas estão a revisão e o redimensionamento da estrutura organizacional e da rede de atendimento.

"É estimada uma economia anual com despesas administrativas, exceto pessoal, de R$ 750 milhões, sendo R$ 450 milhões decorrentes da nova estrutura organizacional e R$ 300 milhões da redução de gastos com transporte de valores, segurança, locação e condomínios, manutenção de imóveis, entre outras", ressalta o banco.

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil, que considera títulos privados e garantias, encerrou dezembro em R$ 708,059 bilhões, diminuição de 3,7% na comparação com setembro, quando estava em R$ 735,445 bilhões. Já em relação ao mesmo período de 2015, de R$ 798,371 bilhões, foi vista retração de 11,3%. A carteira ampliada gerencial foi a R$ 725,231 bilhões, quedas de 3,7% e 11,2%, respectivamente.

O destaque no período, de acordo com o BB, foram as operações voltadas a pessoas físicas, cujos empréstimos atingiram R$ 187,431 bilhões no quarto trimestre, montante 0,2% maior em relação aos três meses anteriores e 1,7% em um ano. Já a carteira de pessoa jurídica fechou dezembro com saldo de R$ 249,204 bilhões, quedas de 5,4% e 16,6%, nesta ordem.

Ao final do ano passado, o BB contava com R$ 1,401 trilhão em ativos totais, praticamente estável em um ano. Em relação a setembro, quando a cifra estava em R$ 1,448 trilhão, recuou 3,2%.

O patrimônio líquido do BB foi a R$ 87,194 bilhões no quarto trimestre, alta de 6,9% em 12 meses e de 1,7% em relação ao trimestre anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido médio ajustado (RSPL) ficou em 7,2% ao final de dezembro contra 12,0% e 9,9%, respectivamente. Em 2016, a rentabilidade foi 7,5% contra 13,0% em 2015.

Acompanhe tudo sobre:BalançosBB – Banco do BrasilLucro

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares