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Lucro líquido da Eletropaulo cai 96,1% no 3º trimestre

Já a receita líquida da companhia recuou cerca de 3,8%, para R$ 2,458 bilhões, em relação aos R$ 2,556 bilhões anotados um ano antes


	Funcionário da manutenção da AES Eletropaulo: os resultados mostram, principalmente, o impacto da revisão tarifária, efetivada em julho passado, no balanço da companhia
 (Germano Lüders/EXAME)

Funcionário da manutenção da AES Eletropaulo: os resultados mostram, principalmente, o impacto da revisão tarifária, efetivada em julho passado, no balanço da companhia (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 20h03.

São Paulo - A AES Eletropaulo registrou lucro líquido de R$ 13,7 milhões no terceiro trimestre deste ano, montante 96,1% inferior em relação ao apurado em igual etapa de 2011. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de impostos, amortizações e depreciações) também apresentou forte redução no trimestre, de 83,1%, para R$ 108,4 milhões, ante R$ 641,8 milhões apurados um ano antes. Já a receita líquida da companhia recuou cerca de 3,8%, para R$ 2,458 bilhões, em relação aos R$ 2,556 bilhões anotados um ano antes.

Os resultados mostram, principalmente, o impacto da revisão tarifária, efetivada em julho passado, no balanço da companhia. As tarifas da distribuidora foram reduzidas em 2,26%, no início do terceiro trimestre, como resultado dos efeitos dos cálculos da revisão tarifária e do reajuste anual.

Além da menor receita em decorrência da redução das tarifas, a companhia registrou um gasto não recorrente de R$ 34 milhões com ajustes realizados com a eliminação de aproximadamente 120 posições de trabalho e rotatividade de pessoal (turnover) de cerca de 400 pessoas. "Dentro do nosso programa de busca de maior eficiência e melhor estrutura de custos, promovemos alguns ajustes neste trimestre na organização como um todo que resultaram nesses custos, não recorrentes, que estão afetando este trimestre", disse à Agência Estado.

Ele reiterou que esta reorganização, bem como outras ações que estão sendo implementadas, como a concentração de todas as áreas da companhia (a não ser as equipes de campo) em uma única unidade, com a venda dos ativos desativados, devem propiciar uma redução de R$ 100 milhões, a partir do próximo ano. Questionado sobre a venda de algum ativo já durante este período, ele afirmou que tais vendas "estão em estágio avançado" de negociação.

No total, as despesas com Pessoal, Materiais, Serviços e Outros (PMSO) somaram R$ 357,7 milhões, alta de 92,1% ante R$ 186,2 milhões de igual período do ano passado. Já as despesas com suprimento de energia e encargos da transmissão somaram R$ 1,749 bilhão, 15,1% maiores que as apuradas em igual período do ano passado, tendo em vista o reajustes nos contratos de fornecimento e a variação cambial, com a compra de energia de Itaipu. No total, os custos e despesas operacionais subiram 23,5%, para R$ 2,106,5 bilhões.

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