O Ebitda ajustado e recorrente somou R$ 179,307 milhões, diminuição de 1,5% (*/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de maio de 2019 às 21h03.
Última atualização em 10 de maio de 2019 às 15h45.
São Paulo - A Duratex, dona das marcas Deca, Hydra, Duratex, Durafloor e Ceusa, que fabricam louças e metais sanitários, revestimentos cerâmicos e painéis de madeira, encerrou o primeiro trimestre do ano com piora em seus indicadores financeiros. O lucro líquido atingiu R$ 23,898 milhões entre janeiro e março de 2019, retração de 22,5% em relação aos mesmos meses de 2018, segundo balanço publicado. O lucro líquido recorrente foi a R$ 19,262 milhões, baixa de 37,5% na mesma base de comparação.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e recorrente somou R$ 179,307 milhões, diminuição de 1,5%. Já a receita líquida consolidada cresceu 6,6%, alcançando R$ 1,072 bilhão. Os números recorrentes não incluem na conta a receita de R$ 25,474 milhões pela venda de florestas para a Suzano Papel e Celulose no ano passado.
O lucro da Duratex caiu devido ao aumento das despesas com fretes nas vendas, ao crescimento de gastos extras com tecnologia da informação (TI), ao aumento das despesas com a nova unidade de negócio de celulose solúvel, e à menor variação do valor justo do ativo biológico. Esses efeitos negativos corroeram o aumento da receita, que subiu sustentada pelos aumentos de preços no início do ano e pela venda de produtos de maior valor agregado.
As despesas com vendas no primeiro trimestre foram de R$ 161,7 milhões, um avanço de 7,4%. As despesas gerais e administrativas somaram R$ 46,6 milhões, alta de 24,6%. Já o resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 28,526 milhões, montante 34,1% menor na comparação anual.
A Duratex anunciou investimentos de R$ 525 milhões para 2019, 8,4% mais do que em 2018, com foco na sustentação das operações fabris e florestais. Entre seus principais projetos está a expansão da capacidade de produção de revestimentos cerâmicos, com investimento previsto de R$ 94 milhões, dos quais R$ 80 milhões serão desembolsados em 2019; e a constituição da joint-venture para produção de celulose solúvel com a austríaca Leizing.
A empresa chegou ao fim de março com dívida líquida de R$ 2,010 bilhões, 9,3% menos do que um ano antes. Nesse período, a dívida bruta baixou 12,3%, para R$ 2,645 bilhões, e os recursos disponíveis em caixa recuaram 20,6%, para R$ 635,4 milhões. Com isso, a alavancagem (relação entre dívida e patrimônio líquido) caiu de 46,4% para 43,0%.