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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
O primeiro ano fiscal pleno de Neville Isdell no comando da Coca-Cola terminou com um lucro líquido de 4,872 bilhões de dólares. A cifra é apenas 1% maior que os 4,847 bilhões registrados em 2004. Empossado presidente mundial da companhia em maio de 2004, os analistas esperavam os resultados deste ano para verificar a real capacidade de Isdell recuperar a capacidade de crescimento da empresa (se você é assinante, leia ainda reportagem de EXAME sobre como a Pepsi conseguiu ultrapassar a Coca-Cola).
Muitos analistas ainda duvidam da consistência das medidas tomadas pela nova direção. As vendas líquidas atingiram 23,104 bilhões de dólares, cifra 6% maior que a do ano anterior. A mesma taxa de crescimento foi apresentada pelo lucro bruto, que somou 14,909 bilhões. Já o lucro operacional, de 6,085 bilhões, foi 7% maior.
Em comunicado à imprensa, Isdell considerou os resultados positivos. "Neste trimestre, fizemos muitos progressos para alcançar um avanço consistente. Ele encerra um ano de transição, no qual a companhia gerou um sólido crescimento", afirmou. Somente no quarto trimestre, a Coca-Cola elevou em 7% sua receita líquida, para 5,551 bilhões de dólares. O lucro operacional, porém, caiu 6% sobre o mesmo período de 2004, e somou 1,262 bilhão. Já o lucro líquido, 864 milhões, representou uma queda de 28% na mesma comparação.
Brasil
Segundo a companhia, os mercados emergentes foram os principais responsáveis pelo aumento das vendas no ano passado, com destaque para o Brasil, China, Rússia e Turquia. Na América Latina, o volume de vendas cresceu 6%. As receitas líquidas subiram 19% e o lucro operacional, 13%.
Somente no quarto trimestre, as vendas no Brasil subiram 7% (contra 5% no mercado latino-americano). De acordo com a Coca-Cola, o desempenho contribuiu para que as vendas no país crescessem a uma taxa de dois dígitos no ano passado. A empresa não informou a porcentagem.