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Lucro líquido da Caixa recua 7,5% para R$ 3 bilhões no 1º trimestre

O banco reverteu a trajetória da sua carteira de crédito, que apresentava queda. O saldo de empréstimos teve alta de 2% no primeiro trimestre ante 2019

Caixa: disponibilizou mais de 154 bilhões de reais para apoiar a economia em meio à pandemia (Germano Lüders/Exame)

Caixa: disponibilizou mais de 154 bilhões de reais para apoiar a economia em meio à pandemia (Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de maio de 2020 às 09h30.

Última atualização em 10 de agosto de 2020 às 16h41.

A Caixa Econômica Federal anunciou na manhã desta quinta-feira, 21, lucro líquido recorrente de 3 bilhões reais no primeiro trimestre do ano, cifra 7,5% inferior em relação ao mesmo intervalo de 2019. Na comparação com os três meses anteriores, porém, houve um crescimento de 21,5%.

Com forte atuação em ações de combate à crise deflagrada pelo novo coronavírus, a Caixa conseguiu reverter a trajetória da sua carteira de crédito, que apresentava queda. O saldo de empréstimos do banco teve alta de 2% no primeiro trimestre ante um ano, totalizando 699,6 bilhões de reais. No trimestre, o aumento foi de 0,9%.

O banco público informa que disponibilizou mais de 154 bilhões de reais para apoiar a economia em meio à pandemia. Do total, 60 bilhões de reais foram para o capital de giro de micro, pequenas e médias empresas, 43 bilhões de reais para o crédito imobiliário; 40 bilhões de reais para a compra de carteiras, 6 bilhões de reais para o crédito agrícola e 5 bilhões de reais para crédito às Santas Casas.

O resultado bruto da intermediação financeira da Caixa atingiu 8,6 bilhões de reais no primeiro trimestre. Aqui, o destaque, conforme a Caixa, foi a redução de 12,1% no custo de captação em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo o comportamento da taxa básica de juros e a estratégia de gestão das fontes de recursos.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco público foi de 14,4% ao fim de março, com crescimento de 2 pontos porcentuais em um ano.

Já o seu índice de Basileia, que mede quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, atingiu 18,7% ao fim de março ante 19% ao fim de dezembro, recuo de 0,3 ponto porcentual. O índice de capital principal, ou seja, próprio dos acionistas, totalizou 12,6%, enquanto o de nível I, aquele de melhor qualidade, ficou em 12,9%. Ambos mantiveram-se acima do mínimo regulatório de 8,0% e 9,5%, respectivamente.

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