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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo - A corretora Brascan espera um forte aumento dos lucros do Grupo Gerdau no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. Relatório assinado pelos analistas Rodrigo Ferraz e Pedro Montenegro projeta um salto de 523,7% no resultado líquido da siderúrgica, que atingiria 552 milhões de reais.
A Gerdau deve anunciar seus números trimestrais nesta quinta-feira (6/5). Os resultados devem acompanhar a recuperação do mercado mundial de siderurgia, que registrou 79,8% na utilização da capacidade instalada em fevereiro deste ano. Trata-se do maior patamar desde setembro de 2008, quando eclodiu a crise mundial, segundo a World Steel Association, que representa as siderúrgicas.
Apesar de uma pequena queda projetada para a rentabilidade de suas operações, a corretora espera que a Gerdau apresente uma geração de caixa mais forte no primeiro trimestre, impulsionada por maiores volumes e preços em expansão, em reais.
Só no Brasil, as vendas devem crescer 7% em relação ao quarto trimestre de 2009, com um desempenho mais forte nas exportações, que devem representar 25% do total – 2% a mais do que a marca registrada no período anterior.
"Este maior peso, em conjunto com preços praticamente estáveis e custos pressionados, deve gerar uma perda de margem ebitda de 2 pontos percentuais em comparação com o trimestre anterior, chegando a 28%", anotou a corretora em relatório.
Os resultados positivos no Brasil, porém, não devem se repetir na América do Norte. A região ainda sente os resultados da crise, que provocou a diminuição da demanda por aços longos. Ainda assim, os números serão melhores do que o último trimestre de 2009. A projeção da Brascan é de um aumento de 13% nas vendas, sobre uma base pequena e ligada a fatores sazonais, o que não indica uma melhora da demanda real.
Enquanto a América Latina também deve apresentar uma boa recuperação de volumes e margens, o segmento de aços especiais contribuirá negativamente no resultado consolidado, devido a margens levemente piores, apesar do crescimento de 13% e preços praticamente estáveis.