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Lucro do JPMorgan supera estimativas de Wall Street

O lucro líquido do banco subiu 18,3%, para 8,32 bilhões de dólares, ou 2,29 dólares por ação, no segundo trimestre encerrado em 30 de junho

Pistas: os investidores estão à procura de sinais de que os cortes de impostos corporativos deram às empresas nova confiança para tomar empréstimos (Lucy Nicholson/Reuters)

Pistas: os investidores estão à procura de sinais de que os cortes de impostos corporativos deram às empresas nova confiança para tomar empréstimos (Lucy Nicholson/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de julho de 2018 às 13h31.

Última atualização em 13 de julho de 2018 às 13h46.

O lucro trimestral do JPMorgan Chase & Co superou as expectativas de Wall Street na sexta-feira, na medida em que a receita com transações subiu mais do que o esperado e a demanda por empréstimos aumentou na esteira do fortalecimento da economia dos Estados Unidos.

Os bancos dos EUA estão se beneficiando de um corte nas alíquotas de impostos corporativos, aumento da taxa de juros e o crescimento econômico que está impulsionando a demanda dos tomadores de empréstimos e mantendo o nível de inadimplência.

"Vemos um bom crescimento econômico global, particularmente nos EUA, onde o sentimento dos consumidores e das empresas é alto", afirmou o presidente-executivo do JPMorgan, Jamie Dimon.

No geral, a receita do banco subiu 6,5 por cento 28,39 bilhões de dólares e superou a estimativa média de analistas de 27,36 bilhões de dólares, impulsionada pelo crescimento em todos os quatro negócios do banco.

Os resultados trimestrais do JPMorgan são acompanhados de perto em busca de sinais sobre a saúde das empresas e das finanças dos consumidores, já que o credor desempenha um papel importante em vários negócios, como hipotecas residenciais, empréstimos comerciais e gestão de ativos.

A média dos principais empréstimos, que envolvem crédito ao consumidor e empréstimos para as maiores corporações, subiu 7 por cento em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

Analistas e economistas estão observando a demanda por empréstimos nos bancos por sinais de qualquer impacto das tarifas impostas ao comércio internacional sobre seus negócios e planos de expansão.

Os investidores também estão à procura de sinais de que os cortes de impostos corporativos deram às empresas nova confiança para tomar empréstimos, um fenômeno que os banqueiros disseram que talvez não apareça antes do segundo semestre do ano.

No início desta semana, Dimon foi citado em um jornal italiano dizendo que executivos norte-americanos alertaram o presidente dos EUA, Donald Trump, que o impacto das tarifas sobre o crescimento econômico poderia anular os benefícios dos cortes de impostos.

A receita com transações, que representa cerca de um quinto da receita total do JPMorgan, aumentou 13 por cento, em comparação com o ganho de 1 por cento esperado pela analista do Credit Suisse, Susan Roth Katzke.

A receita líquida de juros aumentou 10 por cento, após o Federal Reserve, o banco central dos EUA, ter elevado as taxas de juros de referência quatro vezes desde o segundo trimestre de 2017.

O lucro líquido do JPMorgan subiu 18,3 por cento, para 8,32 bilhões de dólares, ou 2,29 dólares por ação, no segundo trimestre encerrado em 30 de junho, ante 7,03 bilhões de dólares, ou 1,82 dólar por ação, um ano antes.

Os analistas esperavam que o banco tivesse lucro de 2,22 por ação, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.

Citigroup e Wells Fargo, o terceiro e quarto maiores bancos em ativos, também divulgam resultados na sexta-feira.

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