Citibank: banco com base em Nova York teve lucro de 1,32 bilhão de dólares, ou 0,50 dólar por ação (Enrique Marcarian/Reuters)
Reuters
Publicado em 14 de julho de 2020 às 10h14.
Última atualização em 14 de julho de 2020 às 10h15.
O Citigroup divulgou nesta terça-feira uma queda de quase 73% no lucro trimestral, conforme o banco reservou 5,6 bilhões de dólares para se preparar para um potencial aumento na inadimplência decorrente da pandemia do novo coronavírus.
O banco com base em Nova York teve lucro de 1,32 bilhão de dólares, ou 0,50 dólar por ação, no segundo trimestre encerrado em 30 de junho, abaixo dos 4,8 bilhões de dólares, 1,95 dólar por ação no ano anterior.
A receita aumentou 5%, para 19,77 bilhões de dólares.
Analistas previam, em média, receita de 19,12 bilhões de dólares, e lucro de 0,28 dólar por ação, segundo dados da Refinitiv. Não ficou claro imediatamente se as estimativas eram comparáveis com os números relatados pelo banco.
Como o terceiro maior emissor de cartões de crédito nos Estados Unidos, o Citi é especialmente suscetível a qualquer aumento na inadimplência, que tende a acompanhar de perto elevações no desemprego.
Até agora, o Citi ofereceu tolerância em 2 milhões de contas de cartão de crédito, representando 6% dos saldos, informou o banco.
Os depósitos no final do período subiram 18%, para 1,23 trilhão de dólares, à medida que os programas de estímulo deixaram consumidores e clientes corporativos com mais dinheiro para ajudá-los a enfrentar as consequências econômicas da pandemia.
O total de empréstimos, no entanto, caiu marginalmente para 685 bilhões de dólares.
As receitas com trading foram novamente um ponto positivo para o banco, uma vez que a volatilidade do mercado levou a mais atividades dos clientes, ajudando a compensar as taxas de juros mais baixas que dificultam os bancos a ganhar dinheiro com empréstimos.
Houve aumento de 68% no segmento de renda fixa em relação ao ano anterior, ofuscando um declínio de 3% nas negociações com ações.