Negócios

Lucro do Carrefour dispara 75% no segundo trimestre

Assim como o rival GPA, o Carrefour Brasil têm investido pesado nos últimos anos no formato atacarejo

Carrefour: grupo varejista teve alta de quase 75% no lucro ajustado do segundo trimestre (Nacho Doce/Reuters)

Carrefour: grupo varejista teve alta de quase 75% no lucro ajustado do segundo trimestre (Nacho Doce/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 27 de julho de 2020 às 20h20.

O Carrefour Brasil teve alta de quase 75% no lucro ajustado do segundo trimestre ante mesmo período de 2019, ajudado pela aceleração das vendas em meio à pandemia da covid-19 e por crescentes esforços para controle de despesas.

A unidade local do grupo varejista francês Carrefour anunciou nesta segunda-feira que lucrou 713 milhões de reais de abril a junho, ante 408 milhões de reais em igual intervalo de 2019, segundo o balanço.

O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado avançou 27,5% ano a ano, para 1,42 bilhão de reais, após ganhos de eficiência mesmo em um cenário mais desafiador, com a margem Ebitda ajustada subiu para 9% ante 8,1% um ano antes.

As vendas brutas, excluindo gasolina, aumentaram 18,3% no trimestre para 17,3 bilhões de reais, sendo que 11,8 bilhões de reais vieram da unidade de atacarejo Atacadão e 5,5 bilhões de reais da bandeira Carrefour.

No formato mesmas lojas, descontando o efeito calendário e as vendas de gasolina, o resultado consolidado cresceu 14,9% na comparação anual.

"E as vendas de julho estão seguindo a mesma tendência do segundo trimestre, então esperamos que o terceiro trimestre também mostre um crescimento forte", afirmou a jornalistas o diretor vice-presidente de finanças do Carrefour Brasil, Sébastien Durchon.

Assim como o rival GPA, controlado pelo também francês Casino, o Carrefour Brasil têm investido pesado nos últimos anos no formato atacarejo.

Excluindo gasolina e efeito calendário, o Atacadão registrou alta de 8,6% em vendas mesmas lojas no trimestre, marcando maior avanço trimestral desde que a companhia abriu capital, em 2017. A margem bruta da divisão subiu 0,5 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2019, para 15,7%.

Já na divisão Carrefour, o crescimento mesmas lojas foi de 30,3%, enquanto a margem bruta passou de 25,6% para 26,8%.

O comércio eletrônico total disparou 94% ano a ano, para 918 milhões de reais. Só as vendas online de alimentos saltaram 377% entre abril e junho, conforme as medidas de isolamento social impulsionaram compras pela internet.

"Nossa operação de ecommerce alimentar se aproximou de um ponto e equilíbrio (breakeven) em junho", disse Durchon. "A penetração do online em vendas de alimentos era menos de 1% antes da crise e subiu para quase 8% em junho... É uma mudança sem volta", explicou o executivo.

As ações do Carrefour Brasil acumulam alta de pouco mais de 8% em julho, superando o desempenho do rival GPA, que avançou cerca de 6% no mesmo período.

Acompanhe tudo sobre:BalançosCarrefourSupermercados

Mais de Negócios

Revolução em uma xícara: como a Nespresso mudou a forma como as pessoas tomam café

Maria Isabel Antonini assume como CEO do G4 Educação no lugar de Tallis Gomes

Elon Musk ou Steve Jobs? Responda perguntas e veja qual seu estilo de inovação

De vencedora a vencida: o que a queda da Blockbuster para Netflix revela sobre liderança e inovação