Negócios

Lucro do Bradesco cai 17% no 4º trimestre, a R$ 3,59 bi

A carteira de crédito da instituição fechou o ano em 514,99 bilhões de reais, aumento de 8,6 por cento em 12 meses

Bradesco: índice de inadimplência foi de 5,5% (Adriano Machado/Bloomberg)

Bradesco: índice de inadimplência foi de 5,5% (Adriano Machado/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 07h42.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2017 às 10h20.

São Paulo - O Bradesco reportou na manhã desta quinta-feira, 2, lucro líquido contábil de R$ 3,592 bilhões no quarto trimestre do ano passado, montante 17,5% menor que o registrado um ano antes, de R$ 4,353 bilhões.

Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, quando totalizou R$ 3,236 bilhões, porém, foi identificada elevação de 11,0%.

No ano de 2016, o lucro líquido contábil do banco alcançou R$ 15,084 bilhões, redução de 12,25% ante 2015, quando somou R$ 17,190 bilhões.

O Bradesco destaca, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que desde 1º de julho de 2016 consolidou as informações do HSBC Brasil e suas controladas.

A carteira de crédito da instituição alcançou R$ 514,990 bilhões no quarto trimestre, queda de 1,3% em relação ao terceiro, quando ficou em R$ 521,771 bilhões. Em um ano, porém, quando estava em R$ 474,027 bilhões, os empréstimos apresentaram alta de 8,6%.

O impulso veio da pessoa física, com elevação de 0,6% no trimestre e 16,4% no ano. Na contramão, o crédito à pessoa jurídica encolheu 2,2% no quarto trimestre em relação ao trimestre, mas cresceu 5,1% em 12 meses.

O banco encerrou dezembro com R$ 1,294 trilhão em ativos totais, cifra 19,8% maior que a vista em um ano, de R$ 1,080 trilhão. Na comparação com setembro, de R$ 1,270 trilhão, a expansão ficou em 1,8%.

O patrimônio líquido do Bradesco chegou a R$ 100,442 bilhões no quarto trimestre, alta de 13,0% em um ano, de R$ 88,907 bilhões, e de 1,9% na comparação com o terceiro trimestre, de R$ 98,550 bilhões.

O retorno sobre o patrimônio líquido do banco (ROE, na sigla em inglês) ficou estável em 17,6% no quarto trimestre ante o terceiro e reduziu 2,9 pontos porcentuais em um ano.

Ajustado

O lucro líquido ajustado do Bradesco no quarto trimestre somou R$ 4,385 bilhões, cifra 3,9% inferior em um ano, de R$ 4,562 bilhões. No comparativo trimestral, houve queda de 1,7%.

A diferença entre o contábil e o ajustado se dá, conforme explica o banco, por eventos extraordinários que incluem R$ 157 milhões em impairment de ativos, R$ 257 milhões em passivos contingentes, R$ 342 milhões em amortização de ágio e outros.

No exercício de 2016, o lucro líquido ajustado do Bradesco foi a R$ 17,121 bilhões em 2016, queda de 4,2% em relação a 2015, de R$ 17,873 bilhões.

De acordo com o banco, a redução reflete o aumento da despesa com provisão para devedores duvidosos (PDDs) com a elevação da inadimplência em meio à intensificação da desaceleração da atividade econômica no ano e do efeito do alinhamento do nível de provisionamento de operações com clientes corporativos no primeiro semestre de 2016.

O Bradesco cita um caso específico que, segundo fontes, seria a Sete Brasil, em processo de recuperação judicial e cujo agravamento para o rating H, impactou em R$ 1,201 bilhão o resultado do banco.

O banco destaca ainda, em relatório, maiores despesas de pessoal e administrativas que foram compensadas, parcialmente, por maiores receitas advindas da margem financeira, prestação de serviços e seguros.

Do lucro líquido ajustado do Bradesco em 2016, R$ 11,570 bilhões foram provenientes das atividades financeiras, correspondendo a 67,6% do total, e os outros R$ 5,551 bilhões pelas atividades de seguros, previdência e capitalização, respondendo por 32,4%.

Acompanhe tudo sobre:BalançosBancosBradescoLucro

Mais de Negócios

Black Friday tem maquininha com 88% de desconto e cashback na contratação de serviços

Início humilde, fortuna bilionária: o primeiro emprego dos mais ricos do mundo

A Lego tinha uma dívida de US$ 238 milhões – mas fugiu da falência com apenas uma nova estratégia

Jovens de 20 anos pegaram US$ 9 mil dos pais para abrir uma startup — agora ela gera US$ 1 milhão