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Lucro do Bank of America cai no tri com disputas judiciais

Banco divulgou uma queda de 43% no lucro, diante de queda nas receitas com hipotecas e aumento dos custos ligados a disputas na Justiça


	Bank of America: lucro atribuível a acionistas caiu para 2,04 bilhões de dólares, ou 0,19 dólar por ação
 (Brendan McDermid/Reuters/Reuters)

Bank of America: lucro atribuível a acionistas caiu para 2,04 bilhões de dólares, ou 0,19 dólar por ação (Brendan McDermid/Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 09h55.

São Paulo - O Bank of America, segundo maior banco dos Estados Unidos em ativos, divulgou uma queda de 43 por cento no seu lucro do segundo trimestre, diante de queda nas receitas com hipotecas e aumento dos custos ligados a disputas na Justiça.

O lucro atribuível a acionistas caiu para 2,04 bilhões de dólares, ou 0,19 dólar por ação, nos três meses encerrados em 30 de junho, ante 3,58 bilhões de dólares, ou 0,32 dólar por ação, um ano antes.

Em média, analistas esperavam lucro de 0,29 dólar por ação, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S. Não ficou imediatamente claro se a estimativa era comparável ao lucro divulgado.

As despesas com litígios na Justiça saltaram para 4 bilhões de dólares no último trimestre, ante 471 milhões de dólares um ano antes.

O banco, que já concordou em pagar mais de 50 bilhões de dólares para encerrar disputas decorrentes da crise financeira, tem negociado um acordo multibilionário com o Departamento da Justiça para resolver investigações sobre a venda de bônus lastreados em hipotecas.

O Bank of America fez uma oferta para encerrar o caso por cerca de 12 bilhões de dólares, enquanto o Departamento de Justiça sugeriu 17 bilhões de dólares, afirmaram fontes familiarizadas com o tema.

Excluindo ajustes contábeis, a receita do banco caiu para 21,7 bilhões de dólares ante 22,7 bilhões de dólares no mesmo período de 2013. As despesas operacionais avançaram para 18,54 bilhões de dólares, ante 16,1 bilhões de dólares.

Ainda assim, o presidente executivo do banco, Brian Moynihan, manteve um tom positivo. "A economia continua a se fortalecer", disse em comunicado. "Consumidores estão gastando mais, os ativos de corretoras estão em alta de dois dígitos e nossos clientes corporativos estão nos procurando cada vez mais para que ajudemos a financiar a expansão de negócios e atividades de fusão e aquisição".

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