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Lucro diminui, mas Renner tem receita 14% maior no 2º tri

A varejista de vestuário teve receita líquida de 955,5 milhões de reais entre abril e junho


	Renner: receita proveniente de vendas de mercadorias correspondeu a 855,2 milhões de reais
 (Lia Lubambo/EXAME.com)

Renner: receita proveniente de vendas de mercadorias correspondeu a 855,2 milhões de reais (Lia Lubambo/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2012 às 20h17.

São Paulo - Driblando a desaceleração generalizada vivida pelo setor de consumo este ano, a Lojas Renner fechou o segundo trimestre com crescimento de 14,2 por cento na receita líquida, mas viu o lucro diminuir principalmente por maiores despesas.

A varejista de vestuário teve receita líquida de 955,5 milhões de reais entre abril e junho, enquanto as vendas mesmas lojas --que consideram aquelas em operação há pelo menos 12 meses-- cresceram 3,4 por cento no período.

Deste total, a receita proveniente de vendas de mercadorias correspondeu a 855,2 milhões de reais, sendo o restante equivalente a serviços financeiros.

"Em termos de venda foi um resultado bastante interessante... na rede como um todo não percebemos sintomas de desaceleração", disse à Reuters o vice-presidente financeiro a Renner, Adalberto dos Santos.

Sobre o desempenho das vendas mesmas lojas, que em igual período de 2011 tinham crescido 10 por cento no comparativo anual, o executivo citou, além da elevada base de comparação, a maior competição no varejo, o período de liquidações e o fato de lojas importantes da rede estarem em reforma.


O clima mais quente que o usual no trimestre que costuma ser marcado por vendas de itens de inverno, com valor maior, também limitou o desempenho das redes de vestuário, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, segundo Santos.

"Sudeste e Sul apresentaram desaceleração em junho, quando a companhia já estava 'virada' para inverno", afirmou, referindo-se ao período em que as lojas passam a contar apenas com itens da coleção de inverno.

Para a segunda metade do ano, o executivo traçou uma perspectiva otimista, apoiada no início dos efeitos das medidas de incentivo ao consumo promovidas pelo governo, como redução das taxas de juros. "A indústria já dá sinais de reação... tem tudo para ser um semestre positivo", disse ele.

A Renner encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de 103,5 milhões de reais, queda de 8,9 por cento ante igual período do ano passado.

O resultado ficou abaixo da média de seis estimativas de analistas obtidas pela Reuters, que apontava lucro de 112,4 milhões de reais para a empresa no período.

Santos citou a alteração na estrutura de capital da companhia como um dos fatores responsáveis por reduzir a última linha do balanço.

A empresa acaba de concluir uma emissão de debêntures no valor de 300 milhões de reais, o que, segundo Santos, pressionou o resultado.

"Mudamos a estrutura de capital e estamos trabalhando de forma alavancada... o lucro no balanço diminuiu, mas o ganho para o acionista melhorou", ressaltou.

O executivo destacou ainda os custos operacionais decorrentes das lojas que serão inauguradas até o final de 2012, que ainda não contabilizam retorno de vendas.

As despesas totais da varejista aumentaram 21,7 por cento no segundo trimestre na relação anual, somando 371,8 milhões de reais.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou 190,4 milhões de reais entre abril e junho, alta de 6 por cento sobre um ano antes, com a margem caindo de 24 para 22,3 por cento.

NOVAS LOJAS

A Renner inaugurou cinco lojas no segundo trimestre, três a menos que o previsto no plano da empresa para o período, resultado do atraso na inauguração de shopping centers, segundo a companhia.

No acumulado do semestre, foram abertas dez novas lojas, sendo três da Camicado. Até o fim do ano, a empresa prevê inaugurar 21 unidades da Renner e duas Camicado.

Segundo Santos, o balanço deste ano está "muito parecido" com o de 2011, quando foram inauguradas dez unidades no primeiro semestre e 22 no segundo. Ele acrescentou que a varejista não irá abrir lojas no mês de dezembro.

"Caso haja postergação de shoppings previstos para (serem inaugurados em) novembro, vamos abrir (as lojas) no começo do ano que vem", disse. "Não vamos comprometer a operação apenas para bater a meta".

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