Hypera: grupo farmacêutico registrou lucro líquido das operações continuadas de 302,2 milhões de reais no primeiro trimestre (Philippe Huguen/AFP)
Reuters
Publicado em 27 de abril de 2018 às 09h19.
São Paulo - O grupo farmacêutico Hypera, ex-Hypermarcas, registrou lucro líquido das operações continuadas de 302,2 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 41,6 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, refletindo a combinação da expansão do resultado operacional com a redução da taxa efetiva de imposto em decorrência da declaração de juros sobre capital próprio.
Já o lucro líquido da empresa que iniciou em 2018 seu primeiro ano completo como uma empresa exclusivamente farmacêutica foi de 299,8 milhões de reais de janeiro a março, alta de 76,9 por cento ante igual período de 2017, informou a companhia na noite de quinta-feira.
O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) das operações continuadas somou 362,7 milhões de reais nos três meses encerrados em março, aumento de 24,8 por cento sobre o mesmo intervalo de 2017.
A margem Ebitda foi de 39,1 por cento, 3,4 pontos percentuais acima da verificada um ano antes. A Hypera afirmou em seu balanço que o crescimento do Ebitda das operações continuadas reflete a expansão da margem bruta e a diluição das despesas com vendas, gerais e administrativas no período.
A receita líquida da empresa avançou 13,9 por cento na comparação anual, para 927,9 milhões de reais. O crescimento, segundo a empresa, foi influenciado pelo aumento de volume e também pela elevação de preços.
Nos primeiros três meses do ano, as despesas de marketing somaram 181,2 milhões de reais. O total representou 19,5 por cento da receita líquida, recuo de 2 pontos percentuais em relação a um ano antes.
Já a participação das despesas gerais e administrativas sobre a receita líquida diminuiu em 0,5 ponto percentual na mesma base de comparação.
Também na véspera, a companhia anunciou que o conselho de administração aprovou o afastamento do seu principal acionista João Alves de Queiroz Filho da presidência do colegiado e do presidente-executivo da farmacêutica, Cláudio Bergamo, em meio a investigações envolvendo a delação premiada de um ex-executivo do grupo.