Negócios

Lucro da Vale cresceu 17,3% no segundo trimestre

Os lucros da maior exportadora brasileira no segundo trimestre contrastaram com as perdas de US$ 1,428 bilhões que a empresa sofreu no primeiro trimestre


	Caminhão da Vale transportando minérios de ferro na mina de Brucutu, em Barão de Cocais: o aumento do lucro foi atribuído ao forte crescimento da produção de minério de ferro
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Caminhão da Vale transportando minérios de ferro na mina de Brucutu, em Barão de Cocais: o aumento do lucro foi atribuído ao forte crescimento da produção de minério de ferro (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2015 às 11h45.

Rio de Janeiro - A Vale informou nesta quinta-feira que no segundo trimestre registrou um lucro líquido de US$ 1,675 bilhões, com um aumento de 17,3% em relação ao mesmo período de 2014 devido ao aumento da produção e à redução dos custos.

Os lucros da maior exportadora brasileira no segundo trimestre contrastaram com as perdas de US$ 1,428 bilhões que a empresa sofreu no primeiro trimestre deste ano.

O aumento do lucro foi atribuído ao forte crescimento da produção de minério de ferro, que no segundo trimestre somou 85,3 milhões de toneladas, a maior para o período na história da companhia e a segunda maior para um único trimestre.

O volume produzido no segundo trimestre foi 7,4% superior ao do mesmo período do ano passado e 14,4% maior ao dos três primeiros meses deste ano.

O aumento do lucro também foi atribuído às medidas adotadas pela empresa para reduzir os custos da produção de ferro, que caíram de US$ 18,30 por tonelada no primeiro trimestre para US$ 15,80 por tonelada entre abril e junho, o menor custo na história da companhia.

"Após três trimestres nos quais o resultado da empresa foi impactado pela desvalorização cambial no Brasil, a Vale registrou no segundo trimestre de 2015 um progresso expressivo em sua geração de recursos", segundo o comunicado que a mineradora enviou a seus investidores.

O diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani Pires, destacou que a empresa registrava perdas desde julho do ano passado como consequência da desvalorização do real frente ao dólar, que teve um grande impacto no valor em dólares da dívida da companhia e gerou grandes despesas.

Apesar do real ter valorizado 3% no segundo trimestre frente ao dólar após cair 21% nos três primeiros meses do ano, a moeda voltou a perder terreno nesta semana e ficou em seu menor valor desde 2003.

"A Vale é cada vez mais competitiva e esta será a tônica dos próximos trimestres: resultados crescentes e margens crescentes independentemente do cenário desafiador dos preços", afirmou o dirigente ao ressaltar a capacidade da empresa para reduzir os custos em meio à queda das cotações internacionais dos minerais.

Segundo o balanço divulgado pela empresa, o faturamento bruto da mineradora no segundo trimestre somou US$ 7,084 bilhões, com um aumento de 11,4% na comparação com o primeiro trimestre, mas com uma queda de 29,7% em relação ao mesmo período de 2014.

O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no segundo trimestre foi de US$ 2,213 bilhões, com um crescimento de 38,1% frente ao primeiro trimestre e uma queda de 46,1% em relação ao segundo trimestre do ano passado.

Segundo a companhia, os investimentos entre abril e junho somaram US$ 2,119 bilhões, 4,1% menos que os do primeiro trimestre e 14,2% inferiores aos do segundo trimestre de 2014.

A dívida bruta da companhia alcançava US$ 29,773 bilhões em 30 de junho, abaixo dos US$ 30,257 bilhões da mesma data de 2014. EFE

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasLucroMineraçãoSiderúrgicasVale

Mais de Negócios

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico