Ultrapar: grupo controla a rede de postos Ipiranga, a Oxiteno, a Ultragaz e a rede de farmácias Extrafarma (Lia Lubambo/Site Exame)
Reuters
Publicado em 11 de agosto de 2017 às 12h30.
São Paulo - A Ultrapar teve queda de um terço no lucro do segundo trimestre, sob impacto da queda dos preços dos combustíveis e dos efeitos da valorização do real frente ao dólar.
O grupo, que controla a rede de postos Ipiranga, a Oxiteno, a Ultragaz e a rede de farmácias Extrafarma, anunciou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de 247 milhões de reais, queda de 33 por cento ante mesma etapa de 2016.
De abril a junho, a receita líquida da companhia somou 19,17 bilhões de reais, redução de 1 por cento contra um ano antes.
O resultado medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização), somou 784 milhões de reais no período, 22 por cento menor no comparativo anual.
Essa queda refletiu entre outros fatores, o resultado mais fraco da Ipiranga, que é responsável por cerca de três quartos do resultado do conglomerado. A divisão teve queda de 19 por cento do Ebitda, em função dos "efeitos de estoque decorrentes da redução nos custos de gasolina, etanol e diesel e concentração de despesas", explicou a companhia no relatório.
A Ultrapar teve um revés na semana passada, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitar a compra da rede de distribuição de combustíveis Alesat pela Ipiranga, por cerca de 2,2 bilhões de reais.
A companhia, que anunciou em junho que passará a ser presidida por Frederico Curado em outubro, afirmou também que fechou junho com dívida líquida de 6,2 bilhões de reais, ante 5,5 bilhões um ano antes.
O conselho de administração da Ultrapar aprovou, nesta quarta-feira, a distribuição de 461,9 milhões de reais em dividendos, a serem pagos a partir de 25 de agosto.