Lucro foi impactado negativamente por menor volume de vendas e efeitos de imposto de renda (Lia Lubambo/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2011 às 11h12.
São Paulo - A Suzano Papel e Celulose divulgou nesta quarta-feira lucro líquido de 143,8 milhões de reais para o primeiro trimestre do ano, 17 por cento maior que o ganho obtido no mesmo período de 2010.
Na comparação com o quarto trimestre do último ano, contudo, o ganho da empresa recuou 42,6 por cento. Embora favorecido por variações cambiais, o lucro foi impactado negativamente por menor volume de vendas e efeitos de imposto de renda, segundo a empresa afirmou no balanço.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 349,3 milhões de reais entre janeiro e março, crescimento de 11,1 por cento sobre a geração de caixa operacional de um ano antes. A margem Ebitda, por sua vez, subiu de 32,4 para 33 por cento.
O resultado do primeiro trimestre passou a contemplar os dados de Conpacel --a partir de 31 de janeiro-- e KSR --a partir de 1 de março.
A receita líquida da Suzano cresceu 8,9 por cento na relação anual, para 1,057 bilhão de reais. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, no entanto, houve queda de 11,6 por cento.
O recuo trimestral, segundo a companhia, foi decorrente de fatores como menor volume de venda de papel, queda no preço médio da celulose e aumento do preço do papel, além de variações cambiais.
Nos três primeiros meses do ano, a Suzano produziu 456 mil toneladas de celulose, mas vendeu 431 mil, avanços de, respectivamente, 19,6 e 12 por cento.
A produção de papel, por sua vez, subiu 11,1 por cento, para 309 mil toneladas, enquanto as vendas foram de 246 mil toneladas, queda de 4,2 por cento em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
A dívida líquida da companhia fechou em 5,2 bilhões de reais em 31 de março, sendo a relação com o Ebitda em 3,3 vezes. Enquanto isso, a disponibilidade em caixa somava 1,8 bilhão de reais.
Na última quinta-feira, a Suzano anunciou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um limite de crédito de 1,2 bilhão de reais, que serão destinados ao plano de investimentos da empresa até 2015.