Negócios

Lucro da Randon mais que triplica no 4º tri; vê expansão

Companhia espera fazer uma expansão internacional no futuro próximo por meio da Suspensys, adquirida no ano passado


	Fábrica da Randon: lucro líquido da Randon totalizou 47,8 milhões de reais entre outubro e dezembro do ano passado, em uma alta de mais de 200%
 (TAMIRES KOPP)

Fábrica da Randon: lucro líquido da Randon totalizou 47,8 milhões de reais entre outubro e dezembro do ano passado, em uma alta de mais de 200% (TAMIRES KOPP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 14h18.

São Paulo - O grupo de implementos rodoviários e autopeças Randon viu seu lucro mais que triplicar no quarto trimestre de 2013 sobre um ano antes, e espera fazer uma expansão internacional no futuro próximo por meio da Suspensys, adquirida no ano passado.

Executivos da empresa comemoraram os resultados após as dificuldades de 2012, mas lembraram que os números ainda estão abaixo de seus melhores anos.

"Não foi o melhor ano da história, mas temos a satisfação de saber que ultrapassamos as barreiras e tivemos lucro", disse o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Geraldo Santa Catarina, em coletiva de imprensa.

O lucro líquido da Randon totalizou 47,8 milhões de reais entre outubro e dezembro do ano passado, em uma alta de mais de 200 por cento impulsionada pelo resultado do segmento de veículos e implementos agrícolas, cujos ganhos cresceram mais de 26 vezes ante uma fraca base de comparação anual.

No acumulado de 2013, a empresa teve lucro de 235,062 milhões de reais, cinco vezes acima do registrado em 2012.

A empresa espera agora poder fazer uma expansão internacional, após ter adquirido em abril a fatia que ainda não tinha na Suspensys, que fabrica sistemas de suspensões, eixos, vigas, entre outros.

"Nós já estamos com alguns contatos ... A gente tenta estudar e ver a viabilidade, e vai depender do nosso desempenho", disse Alexandre Gazzi, diretor corporativo de autopeças da Randon, completando que a empresa dará foco aos mercados da Europa, Ásia e África do Sul.

Expectativas

Em geral, a expectativa da companhia para 2014 é de um ano estável ante 2013, em meio a Copa do Mundo e eleições. "O que esperamos é praticamente um ano estável. Pelos dados que levantamos, estamos analisando o mercado como foi 2013", disse David Randon, presidente da empresa.


Ainda assim, a companhia ressaltou na divulgação de resultados que o setor de implementos segue aquecido, com a expectativa de aumento na safra em 2014 indicando incremento nas vendas de semirreboques graneleiros e basculantes.

A Randon tem como metas para 2014 investir 150 milhões de reais, com receita líquida consolidada de 4,4 bilhões de reais, e exportações de 260 milhões de dólares.

A empresa destacou a retomada da produção de vagões no quarto trimestre de 2013 devido aos acordos de vendas recebidos no trimestre imediatamente anterior, e acrescentou que a produção deve continuar no primeiro semestre de 2014, com entregas até junho deste ano.

Segundo o diretor de implementos e veículos da companhia, Norberto Fabris, a expectativa é de que novos anúncios de vendas de vagões sejam anunciados neste ano, mas ele lembrou que o aumento dos preços de aços prejudica as operações.

"Não temos como fazer estoque (de aço) para seis meses. Vamos comprando aos poucos ... (A alta nos preços) tira um pouco da margem (de lucro)", disse.

No último trimestre de 2013, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou 117 milhões de reais, alta de 63 por cento na comparação anual. A margem Ebtida passou de 7,1 para 10,8 por cento no período.

Já a receita líquida consolidada subiu 7,9 por cento na mesma base de comparação, para 1,085 bilhão de reais.

Acompanhe tudo sobre:BalançosEmpresasEquipamentos e peçasLucroMáquinas e peçasRandon

Mais de Negócios

Black Friday tem maquininha com 88% de desconto e cashback na contratação de serviços

Início humilde, fortuna bilionária: o primeiro emprego dos mais ricos do mundo

A Lego tinha uma dívida de US$ 238 milhões – mas fugiu da falência com apenas uma nova estratégia

Jovens de 20 anos pegaram US$ 9 mil dos pais para abrir uma startup — agora ela gera US$ 1 milhão