A produção total de óleo e gás natural da Petrobras somou 2,57 milhões de barris diários no terceiro trimestre (Luiz Dantas/VEJA)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2010 às 19h20.
O lucro líquido da Petrobras de janeiro a setembro deste ano soma R$ 24,588 bilhões. O resultado é 9,8% superior ao registrado no mesmo intervalo do ano passado, de R$ 22,390 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) no acumulado do período totalizou R$ 45,739 bilhões, expansão de 1,2% em igual base comparativa. A receita operacional líquida nos nove primeiros meses do ano alcançou R$ 158,782 bilhões, incremento de 17,5% na mesma comparação.
A Petrobras diminuiu sua taxa de alavancagem de 34% para 16% no balanço do terceiro trimestre. A queda se deve ao aumento de capital feito pela companhia, em setembro, de R$ 120 bilhões. Segundo o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, a redução na taxa de alavancagem abre espaço para a companhia obter mais linhas de financiamentos, que a permitam viabilizar os investimentos necessários ao seu crescimento.
A estatal informou ainda que já investiu R$ 56,5 bilhões este ano até setembro, cifra que representa um aumento de 11% frente o mesmo período do ano passado.
Produção
A produção total de óleo e gás natural da Petrobras somou 2,57 milhões de barris diários no terceiro trimestre de 2010. O montante representa incremento de 1,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação ao segundo trimestre deste ano, o indicador apresentou queda de 0,7%.
Quando considerada apenas a produção nacional, o indicador teve leve elevação de 1,4% entre julho e setembro, ante o mesmo intervalo de 2009, somando 2,324 milhões de barris diários. Na comparação com o segundo trimestre, o desempenho doméstico foi 0 7% menor, em decorrência principalmente das paradas para manutenção realizadas na Bacia de Campos, compensadas parcialmente pelo aumento de produção de novas unidades.
No exterior, a produção total da companhia brasileira foi de 246 mil barris por dia, ante 241 mil barris do terceiro trimestre do ano passado e de 246 mil barris diários do segundo trimestre deste ano.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a produção da Petrobras cresceu 2,2% ante os nove primeiros meses de 2009, para 2,568 milhões de barris diários. A produção nacional teve alta de 1,9% na mesma base comparativa, para 2,322 milhões de barris por dia.
O custo de extração de petróleo da Petrobras no Brasil foi de US$ 10,60 por barril no terceiro trimestre de 2010, uma alta de 8,3% em relação aos US$ 9,79 apurados pela estatal no trimestre anterior. O indicador desconsidera as participações governamentais. Incluindo as taxas pagas ao governo, como royalties e participações especiais, o custo de extração subiu 0 7%, para US$ 24,67 por barril.
Em relação ao terceiro trimestre de 2009, o custo de extração do barril do petróleo cresceu 17,5%, sem contabilizar a participação governamental. Considerando as participações governamentais o incremento no custo de extração foi de 7,9%.
Em reais, o custo sem participação governamental foi de R$ 18,46 ante R$ 16,84 do terceiro trimestre do ano passado e R$ 17,54 do segundo trimestre deste ano. Com a participação do governo, o custo subiu para R$ 42,72, ante R$ 41,62 do terceiro trimestre do ano passado e de R$ 43,91 no segundo trimestre deste ano.
Gás
A Petrobras registrou um aumento de 48% nas vendas de gás natural no terceiro trimestre de 2010 frente ao mesmo período do ano passado, totalizando 360 mil barris equivalentes por dia. Segundo Barbassa, o incremento se deve a dois fatores: o crescimento mais acelerado da indústria no País e também da maior demanda das usinas térmicas.
O balanço do terceiro trimestre revela ainda que a venda de derivados cresceu 11% na comparação com igual período de 2009, alcançando a marca de 2,033 milhões de barris.