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Lucro da Oi reflete queda da dívida em plano de recuperação

Operadora de telefonia encerrou o primeiro trimestre com um lucro líquido contábil de 30,5 bilhões de reais

Oi: dívida líquida, que era de 47,6 bilhões de reais no fim de dezembro, recuou para 7,3 bilhões de reais no fim de março (Nacho Doce/Reuters)

Oi: dívida líquida, que era de 47,6 bilhões de reais no fim de dezembro, recuou para 7,3 bilhões de reais no fim de março (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de maio de 2018 às 09h10.

Última atualização em 29 de maio de 2018 às 10h43.

São Paulo - A operadora de telefonia Oi registrou no primeiro trimestre com um lucro líquido contábil de 30,5 bilhões de reais, refletindo a aprovação do plano de recuperação judicial que reduziu a sua dívida em mais de 36 bilhões de reais, disse a empresa nesta terça-feira.

Em dezembro, credores da Oi aprovaram por ampla maioria o plano de reestruturação judicial e incluiu a conversão de dívida em capital da empresa e injeção de capital de 4 bilhões de reais que poderá ser feita até o início de 2019.

No primeiro trimestre de 2017, a empresa tinha registrado prejuízo de 69 milhões de reais e no quarto trimestre, resultado negativo de 3,69 bilhões de reais.

A Oi encerrou o primeiro trimestre com uma dívida total de 13,5 bilhões de reais e posição de caixa de 6,2 bilhões de reais. A dívida líquida, que era de 47,6 bilhões de reais no fim de dezembro, recuou para 7,3 bilhões de reais no fim de março.

"A companhia se prepara para um novo ciclo de crescimento que se dará com a aceleração dos investimentos financiada pelo aumento de capital", disse a empresa em comunicado, acrescentando que o plano de investimento adicional financiado por aumento de capital prevê investimentos de 7 bilhões de reais anualmente para os próximos anos, com estratégias direcionada ao acesso para rede fixa e móvel.

A geração de caixa medida pelo lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado de rotina foi de 1,572 bilhão de reais no primeiro trimestre, representando uma queda de 8,8 por cento na comparação do com o mesmo trimestre do ano passado. Apenas nas operações no Brasil, o Ebitda foi de 1,567 bilhão de reais nos primeiros três meses do ano.

De janeiro a março, a receita líquida total consolidada foi de 5,67 bilhões de reais, queda de 8 por cento em relação ao mesmo período de 2017 e de 2,7 por cento ante o trimestre anterior. A queda na comparação anual, segundo a empresa, é explicada pelo corte das tarifas reguladas de interconexão e de ligações fixo-móvel, queda natural de mercado do tráfego de voz e nos volumes de recargas e nas receitas do segmento B2B.

As despesas operacionais no trimestre caíram 7,7 por cento na comparação anual e 9,6 por cento na comparação trimestral, para 4,1 bilhões de reais. As despesas com pessoal recuaram 6,5 por cento na comparação anual.

A Oi destacou que as incertezas em torno do plano de recuperação judicial dificultaram a aquisição de novos clientes de B2B, serviço impactado também pela crise econômica, que aumentou o risco de crédito e levou clientes a promover redução de custos.

No entanto, a empresa acredita que após a redução das incertezas, diante da aprovação do plano de recuperação judicial, há espaço para iniciar o processo de recuperação do serviço de B2B.

A estratégia de receita deste ano prevê o aumento da convergência de serviços, além de mais ofertas de dados e conteúdo.

Segundo a empresa, o lançamento do Oi Mais Digital para o dia das mães, com conteúdo na oferta, tem impacto positivo e levou ao maior patamar de adições líquidas de clientes em serviço pós-pago para um único mês, nos últimos 18 meses.

 

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