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Lucro da Oi dispara no 3o trimestre, mas receita diminui

A Oi teve lucro líquido de 427 milhões de reais no terceiro trimestre

 Resultado trimestral ficou abaixo da previsão dos analistas (Marcelo Correa/EXAME)

Resultado trimestral ficou abaixo da previsão dos analistas (Marcelo Correa/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2010 às 12h26.

São Paulo - A Oi teve lucro líquido de 427 milhões de reais no terceiro trimestre, contra 64 milhões de reais um ano antes, quando o resultado havia sido prejudicado por questões fiscais não recorrentes.

O resultado trimestral ficou um pouco abaixo da previsão média de cinco analistas consultados pela Reuters, de lucro de 453 milhões de reais no período.

A receita líquida do grupo de julho a setembro totalizou 7,3 bilhões de reais, queda de 3 por cento contra um ano antes.

"A queda na receita é decorrente da menor agressividade da companhia em conquistar market share em função da busca pelo aumento da rentabilidade do negócio ao longo do ano de 2010", informou a Oi.

Entre as grandes operadoras de telefonia no país, a Oi foi a que apresentou menor expansão da base de assinantes de celular do segundo para o terceiro trimestre, com alta de 0,4 por cento, fechando setembro com 37,4 milhões de clientes móveis e perdendo participação de mercado para rivais.

De acordo com o diretor financeiro da companhia, Alex Zornig, em 2011 a empresa voltará a buscar market share. Segundo ele, a entrada da Portugal Telecom no capital da Oi e a redução adicional da dívida que será possível com aumentos de capital de empresas do grupo permitirão aumento da "velocidade de aquisição de clientes".

Em telefonia fixa, a Oi tinha no encerramento do terceiro trimestre 20,4 milhões de linhas em serviço, queda de 1,7 por cento contra junho e de 4,8 por cento em 12 meses.

Em banda larga, o número de clientes subiu 4,4 por cento contra setembro de 2009, para 4,3 milhões de assinantes, e em TV por assinatura cresceu quase 2,5 vezes, para 280 mil usuários.

O grupo de telefonia teve no último trimestre Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação-- de 2,7 bilhões de reais, alta de 1,7 por cento contra igual intervalo de 2009.

A margem Ebitda foi de 37 por cento no último trimestre, a maior do grupo desde a aquisição da Brasil Telecom, segundo Zornig. No segundo trimestre a margem Ebitda ficou em 36,2 por cento e um ano atrás em 35,3 por cento.

A dívida líquida no encerramento de setembro estava em 19,3 bilhões de reais, queda de 8,6 por cento contra um ano antes. A relação entre Ebitda e líquida dívida estava em 1,9 vez em setembro.

Em julho, a Oi anunciou acordo para entrada da Portugal Telecom, ex-sócia da operadora móvel Vivo no Brasil. A aliança prevê que o grupo português terá uma participação final, direta e indireta, de pouco mais de 20 por cento no grupo Oi, que por sua vez terá 10 por cento do capital da sócia estrangeira.

A operação prevê aumentos de capital de capital da Telemar Participações e da Tele Norte Leste, ambas do grupo Oi, no valor de 12 bilhões de reais cada, com a Portugal Telecom subscrevendo parte das novas ações a serem emitidas.

O diretor financeiro da Oi prevê que os aumentos de capital serão concluídos até o final do primeiro trimestre de 2011.

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