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Lucro da Light cai 46% em 2011 com aumento de custos

A receita líquida da Light, desconsiderando a receita de construção, fechou o ano com 6,15 bilhões de reais

Estação de distribuição elétrica da Light: Eduardo Paes quer auditoria sobre explosão (Junius/Wikimedia Commons)

Estação de distribuição elétrica da Light: Eduardo Paes quer auditoria sobre explosão (Junius/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2012 às 21h01.

São Paulo - A Light registrou lucro líquido de 310,6 milhões de reais em 2011, 46 por cento menor do que o verificado em 2010, de 575,2 milhões de reais, informou a empresa em balanço divulgado nesta sexta-feira.

A receita líquida da Light, desconsiderando a receita de construção, fechou o ano com 6,15 bilhões de reais, aumento de 3,3 por cento na comparação anual.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no acumulado do ano passado ficou em 1,24 bilhão de reais, queda de 21,5 por cento ante o ano anterior.

Segundo a empresa sediada no Rio de Janeiro, a variação do Ebitda -com reflexo no lucro líquido- foi resultado do aumento de 12,2 por cento nos custos não-gerenciáveis da distribuidora e da elevação dos custos com energia comprada, entre outras razões.

Com isso, a margem Ebitda caiu de 26,6 por cento em 2010 para 20,2 por cento em 2011. De acordo com a Light, o segmento de distribuição teve participação de 79,3 por cento no Ebitda.

O documento arquivado pela empresa não apresentou dados do quarto trimestre.

Dividendos e financiamento

O Conselho de Administração da Light aprovou também nesta sexta-feira um financiamento de 35,6 milhões de reais para a subsidiária Light Energia e dividendos no valor de 181,5 milhões de reais referentes ao resultado de 2011, informou a empresa em ata de reunião.

O financiamento, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), será destinado ao investimento para melhoria da eficiência energética das hidrelétricas Santa Branca, Ilha dos Pombos, Fontes Nova, Pereira Passos e Nilo Peçanha, além das usinas elevatórias Vigário e Santa Cecília.

O financiamento também envolve investimentos no Centro de Operações da companhia.

O custo financeiro do financiamento é de Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), mais spread de 1,81 por cento ao ano, com 80 por cento pelo BNDES e amortização em 60 meses.

Com relação aos dividendos, a companhia aprovou a distribuição no valor de 181,5 milhões de reais, o que corresponde a 0,89 real por ação, sendo 90,1 milhões de reais referentes aos resultados de 2011 e 91,4 milhões de reais relativos à reserva de lucros existentes no fechamento do ano passado.

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